A indústria automobilística japonesa foi uma das maiores surpresas na economia mundial na segunda metade do século XX. Os nipónicos tornaram-se exímios construtores de automóveis e produziram modelos de sucesso que romperam facilmente as suas fronteiras. Um desses modelos é o Toyota Celica, que é um ícone da marca nos Estados Unidos, Japão, Austrália, Nova Zelândia e Europa.
No final da década de 60 a Toyota produzia o coupé desportivo 2000 GT, de grande desempenho mas bastante caro. Em dezembro de 1970 era lançado o Celica, que tem o nome derivado de um mito, era irmã da Sarina (Carina) e andavam de Dragão, daí o logotipo do Celica. Baseado no Carina TA10, era um carro desportivo voltado para o público jovem.
Em 1970, o primeiro Celica: um coupé de três volumes com linhas sóbrias e elegantes, claramente inspiradas nos primeiros Mustangs. A motorização do modelo comercializado nos EUA sempre foi diferente dos demais mercados. A primeira versão europeia montava um motor de 1588cc (2T-B) e dois carburadores, que originavam 113 cv. No Japão havia também um 1400cc (T) sendo este um TA20. Já o modelo "americanizado" utilizava um motor de 1900cc (8R) e 108 cv, que também garantia bom desempenho, com a vantagem do maior binário em baixa rotação, bem ao gosto local.
Com motor longitudinal e tração traseira, o Celica tinha uma suspensão mais elaborada que a do Carina: em vez de molas semi-elíticas, o eixo traseiro rígido usava molas helicoidais e barra Panhard. A dianteira era McPherson. O sistema de travagem usava discos à frente e duplo circuito, a direcção tinha relação variável e coluna retrátil. A segurança estava também na estrutura com seções dianteira e traseira de deformação programada.
A base mecânica era a do Carina TA10, mas com suspensão traseira diferente. No interior havia bancos reclináveis de encosto alto (com revestimento parcial em vinil, "para longa durabilidade" segundo a marca), consola central e simulação de madeira no aro do volante (de três raios), manete de mudanças e parte do painel. Os instrumentos, colocados em cinco módulos separados, acentuavam a desportividade e o relógio vinha na consola.
Com a crise do petróleo na década de 70, o Celica logo se transformou num sucesso de vendas, pois os condutores procuravam desportivos com motores de baixa cilindrada e menor consumo. O seu estilo despojado lembrava os primeiros Mustangs e Camaros dos anos 60. Era um coupé 2+2, grupo óptico duplo e tampa de combustível entre os farolins traseiros nos modelo entre 1970 e Julho de 1972.
Fonte: http://www.amigosjaponesesantigos.pt
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