terça-feira, 8 de janeiro de 2013

MERCURY CUSTOM '49 E '50 - Marcou a era da rebeldia na década de 1950


Em 1940 toda a linha foi reestilizada e a Mercury lançou um conversível de quatro portas, modelo que só teve mil unidades comercializadas. Chassi alongado, grade de frisos horizontais e uma perua com laterais de madeira foram as novidades em 1941. No ano seguinte, durante a II Guerra Mundial, houve carência de metal e os Mercury passaram a usar matéria plástica em diversos itens da carroceria. Surgiu ainda um opcional raro: o cambio automático Liquimatic. Em 1943 Edsel morreu e Henry Ford voltou a assumir a direção da empresa. Após o conflito a divisão voltou a fazer carros e, em 1947,Henry Ford II substituiu o avô e desvinculou a Mercury dos projetos da Ford. Ela foi unida a Lincoln, criando assim a L-M Division. Em 1949 foram adotadas carrocerias específicas e um motor mais potente, o flathead V8 de 255 polegadas 110 cv (SAE) 8BA/1BA.

No ano seguinte surgiu o modelo Monterey, mais luxuoso (o Mercury básico era o Custom), e o motorflathead V8 255.4 de 112 cv (SAE). Uma nova carroceria surgiu em 1952, juntamente com um acréscimo de 13 cv e, em fins de 1953, a Mercury expôs no Salão de Chicago o dream car XM-800, com carroceria de fibra de vidro, motor 312 V8 de 270 cv (SAE) e cambio automático Ford-O-Matic, o qual foi leiloado pela RM Automobiles em 2010 por US$ 429 mil. O XM-800 usava o novo motor Y-block “Power King”, com válvulas no cabeçote, o qual chegou ao resto da linha com a designação EBY. Tinha 256 polegadas, carburador quadrijet e desenvolvia 161 cv (SAE). As carrocerias foram alongadas em 1955, surgiu um modelo ainda mais luxuoso, o Montclair  (Monterey passou a ser a versão intermediaria) e houve a oferta dos motores Power King 289 de 188 e 198 cv (SAE), fatores que influenciaram a cifra recorde de 430 mil unidades produzidas. A instalação elétrica de 12 volts chegou em 1956, assim como a versão de acabamento simplificado Medalist.

A história da Mercury começou em 1938, quando Edsel Ford criou uma nova subdivisão na empresa do pai, que inicialmente deveria se chamar Falcon. Ela estava destinada a concorrer com as marcas de medianas da GM (Buick, Oldsmobile e Pontiac), tal como a Ford fazia em relação a Chevrolet e aLincoln em relação a Cadillac. O símbolo da Mercury era Mercúrio, deus da mitologia romana  que protegia os comerciantes. O primeiro carro, com motor V8 flathead de 95 cv (SAE) era um Ford de luxo e foi lançado nos modelos 70 (duas portas), 73 (quatro portas), 76 (conversível) e 72 (cupê). O veículo fez sucesso e, no ano seguinte, acumulou 76 mil unidades vendidas.


Conhecemos um pouco da imensa história da Mercury e apresentamos um de seus modelos mais intrigantes, o Custom. Um super V8 que mesmo depois de mais de 60 anos, ele continua admirado pelos amantes do automobilismo, e ainda melhor, ele é peça rara nas mãos dos inovadores que o classificam como um muscle car. 

Fonte: http://www.streetcustoms.com.br

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