A Volkswagen anunciou ter alcançado a marca de sete milhões de exemplares do Gol feitos no Brasil. A unidade que alcançou o feito trazia o motor 1.0 TEC e tinha carroceria branca, saindo das linhas de montagem de Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP). Modelo com maior volume de produção da história do País, o compacto é também o mais exportado. Lançado em 1980, o Gol hoje é feito também em Taubaté (SP). Com as duas plantas, tem ritmo médio de uma unidade pronta a cada 47 segundos. Ao longo destes mais de 30 anos, o hatch foi o líder de vendas do País em 25, tendo mais de um milhão de carros exportados a 66 países. O modelo ainda gerou “frutos”: a perua Parati (1981), o sedã Voyage (81) e a picape Saveiro (82).
O Gol nasceu para substituir, em médio prazo, o Fusca, que mesmo com a liderança do mercado teria de ser substituído por um produto mais moderno. Em 1976, a VW deu início aos trabalhos acerca do compacto. Ele trocava a tração e o motor traseiros do velho besouro por um conjunto dianteiro. O primeiro motor foi um 1.3 de 47 cv, a ar, derivado do adotado pelo Fusca, e transmissão de quatro marchas, nas versões S e L. A carroceria tinha somente duas portas. Com receptividade ruim, o 1.3 saiu de cena, dando lugar a um 1.6 de 67 cv, também aspirado a ar. Só em 1984 o Gol ganharia um propulsor a água, o 1.5, com câmbio de cinco marchas, surgindo posteriormente o 1.6 e o 1.8, com o Gol GT. Em 1989 surgiria o aclamado esportivo GTi, primeiro veículo brasileiro com injeção eletrônica, com sistema analógico – o digital chegaria em 1997, já com a carroceria “bolinha”, a segunda geração do hatch. Esta surgiu em 1994 com inovações, como carroceria mais arredondada, acabamento mais esmerado e mais espaço interno. Em 98 nascia a variação com quatro portas, graças à demanda do mercado e ao sucesso dos rivais Fiat Palio e Chevrolet Corsa.
Em 1999, era lançada a “terceira geração” do modelo, uma mudança profunda sobre a carroceria “bolinha”, mantendo portas, colunas e janelas. Havia, porém, reforços mecânicos, melhor acabamento e versões mais equipadas. Em 2003, o modelo ganhava a versão Total Flex, primeira do País a sair de fábrica com a tecnologia bicombustível, hoje presente em mais de 80% dos veículos emplacados por aqui. No mesmo ano, o Gol chegava a quatro milhões de unidades fabricadas. Em agosto de 2005, surgia a última reestilização da segunda carroceria do Gol, chamada G4, ainda à venda. Desta vez, o compacto foi retocado para ficar mais simples, perdendo opcionais como os faróis biparábola e recebendo um interior mais simples. Ela segue em oferta como opção de entrada da gama, após o lançamento do modelo chamado G5. Completamente reformulado, ele ganhou desenho alinhado às criações da marca, plataforma moderna (semelhante à do Polo) e melhor acabamento. Dele surgiram os novos Voyage (2008), fora do mercado desde 1996, e Saveiro (2009), que ganha os retoques aplicados nos irmãos em 2013. Fonte: http://www.autodiario.com.br