No início da década de 1950, os carros desportivos europeus com seus designes arrojados faziam
sucesso pelo mundo inteiro, enquanto que o mercado americano só possuía
representantes como pesados Cadillacs e Buicks.
Nesse período a General Motors atravessava um momento crítico, tendo sua rival,
a Ford, superado suas vendas na
América do Norte por dois anos consecutivos. Os diretores do grupo sabiam que
tinham de pensar em algo para retomar o crescimento. Tom Keating, executivo
geral da Chevrolet, tinha em mente um novo carro para colocar de volta à
primeira posição no mercado.
Corvette Stingray 1958
Em junho de 1951 era
iniciado o projeto Opel. A
princípio o carro se chamaria Korvette, palavra homófona de Corvette, em
referência à pequena e veloz embarcação de escolta da Marinha inglesa. Mais
tarde optaram pelo nome Corvette. Em 1952,
engenheiro-chefe de motores da GM, Ed Cole, e o especialista em chassis Maurice
Olley trabalharam juntos no protótipo EX-122. Harley
Earl, chefe de design, baseou seu modelo em carros de corrida europeus. Em 17 de janeiro de 1953 foi apresentado em Nova York o primeiro modelo do Corvette que
surpreendeu o público. Era um carro diferente dos padrões americanos: pequeno,
baixo, com visual limpo e desportivo. Embora baseado em desportivos europeus,
possuía traços do desenho americano: com lanternas na ponta de um pequeno
rabo-de-peixe, era branco com o interior revestido de couro vermelho.
Existem seis gerações de Corvettes.
As gerações podem ser referidas da versão C1 até C6, mas a primeira geração é
mais comumente referida como solid-axle (eixo rígido), pelo fato de a
Suspensão Traseira Independente (STI) não estar disponível até 1963. A primeira
geração começou em 1953 e terminou em 1963.
A C1 era equipada inicialmente com motor de 235 polegadas cúbicas
(3.859 cm³), seis cilindros em linha, e duas marchas no câmbio automático
com tração traseira. Rendia 150 cv de Potência
Bruta, chegando a 170 km/h. O conjunto era montado sob uma carroceria de
plástico reforçado com fibra-de-vidro prensado, que resultava em um carro leve.
Não fosse o novo material, pela primeira vez empregada na produção
automobilística e que tinha o nome comercial de Fiberglass, o Corvette seria
inviável por questão de volume de produção. Os freios a tambor nas quatro rodas
e a suspensão, independente na frente e de eixo rígido na traseira, vinham de
outros modelos da marca.
Corvette Stingray 1968
A segunda geração, desenhada por Larry
Shinoda e com principais inspirações no "Q Corvette" de
Peter Brock e Chuck Pohlmann, começou em 1963 e terminou em 1967. Em 1963, foi introduzido no mercado o Corvette Sting Ray (coupé
baseado no carro conceito ‘‘Mako Shark I’’),
com para-lamas elevados, para-choques bipartidos, e com o vidro traseiro
dividido. Por questões de segurança, os vidros traseiros foram substituídos por
um inteiriço em 64, e por causa da falta de ventilação no carro devido à pressa
do projeto, foram instalados ventiladores atrás dos bancos no mesmo ano. O
motor ‘‘327’’ de 1963 possuía 300cv e chegava a 360cv (afinação caseira). No ano seguinte o carro ganhou freios a disco nas
quatro rodas, além de um novo motor (6.478 cm3), que produzia 425 cv e um
torque de 55 kgf. Um dos principais motivos dos projetistas era fazer o Sting
Ray competir nas pistas com o mesmo nível do lendário Shelby Cobra, que possuía um V8 427
da Ford, de mesma potência.
A terceira geração (de 1968 a 1982) foi inicialmente inspirada no
conceito Mako Shark II. O novo desenho trazia faróis
escamoteáveis duas grades frontais para entrada de ar para o motor 427 V8 de
430 cv das versões L88 e também dos modelos de 300 cv. Outro detalhe era a
possibilidade de remover o vidro traseiro e o teto na versão cupê (que durou
até 1977). Em 1969 entrou
o novo motor, o 350 V8 (5.733 cm³) small-block,
que atingia a potência máxima de 300 cv. Em 1971 a Chevrolet insere o big-block, um V8 de 454 pol³
(7.440 cm³) que produzia 425 cv e equipava a versão ZR2 enquanto que o
modelo básico vinha equipado com o V8 350 de 270 cv. Assim como o L88, foram
produzidos apenas 20 ZR2.
Corvette Stingray 1978
A partir de 1972, com a crise do petróleo e novas políticas quantas emissões
gasosas, deu-se início a uma queda de potência e cilindrada dos motores. O
big-block esteve em linha até 1974 com potência máxima de 270cv. O 350 V8
de 1975 possuíam apenas 165 cv. Novamente houve modificações de estilo e
motorização em 1977. O Corvette mostrava linhas ainda mais angulosas, nova
traseira inclinada e frente mais estreita. Adotava o motor L82 de 180 cv,
baseado no tradicional V8 350. Outra opção era o L48, com o famoso carburador
Rochester Quadrajet, que elevava a potência para 185 cv. O carro atingia
197 km/h e acelerava de 0 a 96 km/h em 7,8 segundos, boas marcas para
aqueles tempos difíceis.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Chevrolet_Corvette
Nenhum comentário:
Postar um comentário