A Belina chegou com as mesmas
características mecânicas da linha Corcel, como tração dianteira e radiador
selado, e em três versões: standard, luxo e luxo especial. Esta última chamava
a atenção pelas faixas laterais de madeira, na verdade um material sintético
que imitava jacarandá. Esse detalhe, emprestado das station wagon americanas,
era uma lembrança das antigas woodies, peruas com carroceria de madeira típicas
dos anos 40.
A Belina tinha linhas
agradáveis e as estrias de reforço no teto combinavam com o estilo do carro,
que parecia ter a traseira levemente empinada com uma ampla porta que
facilitava a entrada de carga para o "salão". Com o banco traseiro
abaixado, dava acesso a uma plataforma de 1,77 metro de comprimento por 1,22 de
largura e 0,85 de altura.
Lançada com o modesto
motor de 1289 cm3 de 65 cavalos, a Belina não fez feio nas provas de
desempenho. Na velocidade máxima, até bateu o Corcel: chegou a 138 km/h e
atingiu 100 km/h em 23,3 segundos, usando até a terceira marcha. Os freios, a
disco na frente, mereceram elogios com uma ressalva: eram suscetíveis ao fading
quando exigidos por tempo prolongado.
A suspensão conseguia
a proeza de unir conforto, resistência e estabilidade. Já as cruzetas (junta
articulada que possibilita tração e esterçamento das rodas) não seriam
merecedoras dos mesmos elogios. Frágeis e sensíveis a trancos, se não fossem
tratadas com carinho pediam para sair de campo com um leve barulho nas curvas.
Quando quebravam, essas juntas deixavam Belina e motorista no meio da rua.
Nenhum comentário:
Postar um comentário