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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Chevrolet Corvette Stingray: três fases de um dos mais respeitados carros da história automobilística



No início da década de 1950, os carros desportivos europeus com seus designes arrojados faziam sucesso pelo mundo inteiro, enquanto que o mercado americano só possuía representantes como pesados Cadillacs e Buicks. Nesse período a General Motors atravessava um momento crítico, tendo sua rival, a Ford, superado suas vendas na América do Norte por dois anos consecutivos. Os diretores do grupo sabiam que tinham de pensar em algo para retomar o crescimento. Tom Keating, executivo geral da Chevrolet, tinha em mente um novo carro para colocar de volta à primeira posição no mercado.
Corvette Stingray 1958

Em junho de 1951 era iniciado o projeto Opel. A princípio o carro se chamaria Korvette, palavra homófona de Corvette, em referência à pequena e veloz embarcação de escolta da Marinha inglesa. Mais tarde optaram pelo nome Corvette. Em 1952, engenheiro-chefe de motores da GM, Ed Cole, e o especialista em chassis Maurice Olley trabalharam juntos no protótipo EX-122. Harley Earl, chefe de design, baseou seu modelo em carros de corrida europeus. Em 17 de janeiro de 1953 foi apresentado em Nova York o primeiro modelo do Corvette que surpreendeu o público. Era um carro diferente dos padrões americanos: pequeno, baixo, com visual limpo e desportivo. Embora baseado em desportivos europeus, possuía traços do desenho americano: com lanternas na ponta de um pequeno rabo-de-peixe, era branco com o interior revestido de couro vermelho.

Existem seis gerações de Corvettes. As gerações podem ser referidas da versão C1 até C6, mas a primeira geração é mais comumente referida como solid-axle (eixo rígido), pelo fato de a Suspensão Traseira Independente (STI) não estar disponível até 1963. A primeira geração começou em 1953 e terminou em 1963. A C1 era equipada inicialmente com motor de 235 polegadas cúbicas (3.859 cm³), seis cilindros em linha, e duas marchas no câmbio automático com tração traseira. Rendia 150 cv de Potência Bruta, chegando a 170 km/h. O conjunto era montado sob uma carroceria de plástico reforçado com fibra-de-vidro prensado, que resultava em um carro leve. Não fosse o novo material, pela primeira vez empregada na produção automobilística e que tinha o nome comercial de Fiberglass, o Corvette seria inviável por questão de volume de produção. Os freios a tambor nas quatro rodas e a suspensão, independente na frente e de eixo rígido na traseira, vinham de outros modelos da marca.
Corvette Stingray 1968
A segunda geração, desenhada por Larry Shinoda e com principais inspirações no "Q Corvette" de Peter Brock e Chuck Pohlmann, começou em 1963 e terminou em 1967. Em 1963, foi introduzido no mercado o Corvette Sting Ray (coupé baseado no carro conceito ‘‘Mako Shark I’’), com para-lamas elevados, para-choques bipartidos, e com o vidro traseiro dividido. Por questões de segurança, os vidros traseiros foram substituídos por um inteiriço em 64, e por causa da falta de ventilação no carro devido à pressa do projeto, foram instalados ventiladores atrás dos bancos no mesmo ano. O motor ‘‘327’’ de 1963 possuía 300cv e chegava a 360cv (afinação caseira). No ano seguinte o carro ganhou freios a disco nas quatro rodas, além de um novo motor (6.478 cm3), que produzia 425 cv e um torque de 55 kgf. Um dos principais motivos dos projetistas era fazer o Sting Ray competir nas pistas com o mesmo nível do lendário Shelby Cobra, que possuía um V8 427 da Ford, de mesma potência.

A terceira geração (de 1968 a 1982) foi inicialmente inspirada no conceito Mako Shark II. O novo desenho trazia faróis escamoteáveis duas grades frontais para entrada de ar para o motor 427 V8 de 430 cv das versões L88 e também dos modelos de 300 cv. Outro detalhe era a possibilidade de remover o vidro traseiro e o teto na versão cupê (que durou até 1977). Em 1969 entrou o novo motor, o 350 V8 (5.733 cm³) small-block, que atingia a potência máxima de 300 cv. Em 1971 a Chevrolet insere o big-block, um V8 de 454 pol³ (7.440 cm³) que produzia 425 cv e equipava a versão ZR2 enquanto que o modelo básico vinha equipado com o V8 350 de 270 cv. Assim como o L88, foram produzidos apenas 20 ZR2.
Corvette Stingray 1978

A partir de 1972, com a crise do petróleo e novas políticas quantas emissões gasosas, deu-se início a uma queda de potência e cilindrada dos motores. O big-block esteve em linha até 1974 com potência máxima de 270cv. O 350 V8 de 1975 possuíam apenas 165 cv. Novamente houve modificações de estilo e motorização em 1977. O Corvette mostrava linhas ainda mais angulosas, nova traseira inclinada e frente mais estreita. Adotava o motor L82 de 180 cv, baseado no tradicional V8 350. Outra opção era o L48, com o famoso carburador Rochester Quadrajet, que elevava a potência para 185 cv. O carro atingia 197 km/h e acelerava de 0 a 96 km/h em 7,8 segundos, boas marcas para aqueles tempos difíceis.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Chevrolet_Corvette

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