DISCOVERY
O Discovery 4 HSE, a versão topo do jipão inglês, é equipado com
o novo câmbio de oito marchas, responsável por melhorar o rendimento do motor
biturbo SDV6, com seis cilindros e 256 cv – ele também foi atualizado, já que o
anterior produzia 245 cv. O torque se manteve em bons 61,2 kgfm, disponíveis a
apenas 2 mil rotações. O propulsor também passou a equipar toda a linha 2013 –
até o ano passado, a versão básica S vinha com o 2.7 TDV6 de 195 cv. A nova
transmissão – que traz o famoso seletor giratório já conhecido dos Range Rover
Vogue e Evoque e dos modelos da Jaguar – é quem ajuda a fazer os 2.583 kg do
Discovery acelerarem de zero a 100 km/h em decentes 9,3 segundos e à velocidade
máxima de 180 km/h, limitados eletronicamente. A tração é permanente nas quatro
rodas, controlada pelo eficiente Terrain Response. Ele acerta diversos
parâmetros do carro para o melhor comportamento em situações de asfalto, neve,
areia, cascalho ou pedras. A resposta do acelerador é alterada e até a
distribuição do torque pode mudar para que o jipão se saia bem em qualquer
obstáculo.
A força com que o Discovery é impulsionado chega a ser
surpreendente. O seis cilindros diesel tem poder suficiente para carregar os
2.583 kg do utilitário sem dificuldades. São 256 cv e 61,2 kgfm – estes
disponíveis a apenas 2 mil rotações –, que deixam a impressão de sobrar motor
no jipão. As arrancadas são decididas e praticamente não há hesitação ao
acelerar, ainda que não disfarce as duas toneladas e meia de peso. Mesmo em
alta rotação, o propulsor se mantém suave. O novo câmbio de oito marchas ajuda bastante
no desempenho – são apenas 9,3 segundos para acelerar de zero a 100 km/h –,
ainda que eventualmente titubeie alguns instantes para achar a marcha mais
indicada para algumas retomadas – e aí sim o Discovery dispara.
EVOQUE
Esqueça o visual sólido dos jipes tradicionais,
como grandes blocos com cortes planos. Com arremates e linhas suaves, o Evoque
está mais para uma escultura. Seus traços mais marcantes são os faróis e
lanternas delgados, as grandes rodas de 20 polegadas em contraste com a
carroceria baixa e a pequena área envidraçada, característica que compromete
drasticamente a visibilidade. Para tentar corrigi-la, o fabricante adotou
grandes retrovisores externos, além de um sistema de câmeras de 360 graus,
sensores de estacionamento e detector de veículos nos pontos cegos.
Impressionam as linhas
arrojadas e futuristas da carroceria em todos os lados, inclusive visto por
cima. A qualidade do acabamento interno e o bom gosto são difíceis de explicar.
A fidelidade do áudio é de escutar de joelhos. O seu comportamento dinâmico é
impressionante pela versatilidade, segurança e dirigibilidade. O campo de visão
no vidro traseiro é crítico, mas tem auxílio de eficientes retrovisores
externos e câmeras de ré. O estepe temporário é uma cultura pouco resolvida no
Brasil, devido à péssima qualidade e manutenção de nossas vias. Os pneus de uso
(aro 20, da série 45) são lindos esteticamente e muito funcionais em curvas
numa condução esportiva, mas, ao cair em um buraco, ou tracionar sobre pedras
com pontas em trilhas e/ou curvas, ele pode ser facilmente danificado e o custo
elevado da sua reposição (se for achado) acaba com todo o seu charme. O motor
de 2 litros com turbo nada fica a dever a um V6 em dirigibilidade e empurra o
Evoque com presteza. Destaque para a altura em relação ao solo, funcionamento
do câmbio, freios, calibragem da direção e sistema de tração.
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