Palavras do autor do Blog: Leonardo Lima.
Todos temos nossos sonhos, que são sonhos as vezes impossível, mas certa vez li de um grande gênio e pensador que "o impossível só existirá até quando alguém realizar"... Penso muito nisso, mas com certeza tenho meus pés no chão e minha consciência diz que a realidade é bem diferente em ocasiões especiais, por exemplo: onde vivo não poderei realizar um dos meus sonhos, pois que continuar morando aqui e o meu sonho não pode vir... Entendeu?? Bem, meu sonho é um dia possuir um Ford Mustang Shelby GT500 Super Snake 1967, meu carro dos sonhos da minha marca predileta (Nunca escondi que Ford e Volkswagen são minhas preferências). Como sei que esse carro custa mais de 1 milhão de Reais e que ele não poderia vir pra cá, faço essa postagem para comemorar os mais de 200 mil acessos ao meu blog, exclusivamente sobre carros, 200 mil não parece ser tão expressivo a nível nacional, mas na região que vivo aqui no Estado do Ceará, acredite, é um número até certo ponto muito expressivo... O Ford Mustang Shelby GT500 Super Snake 1967 é meu veículo dos sonhos, não só o carro, mas qualquer veículo, avião, navios ou até mesmo um foguete da NASA me enfeitiça tanto como este carro, então aproveitem bem a postagem e obrigado por acompanhar meu blog. Grande abraço a todos e vamos continuar apreciando a grande paixão de minha vida, os Carros.
Produção limitada, preteridos quando ainda eram novos, protótipos,
poucos exemplares remanescentes, enfim, são vários os motivos que credenciam
modelo de carro tornar-se raro e valioso. Oito milhões de unidades vendidas ao
longo de cinco décadas, do automóvel mais emblemático do maior mercado de
automóveis do mundo. Seria possível um único Ford Mustang se tornar raro e
valioso?
Foi preciso a união de forças entre a Ford, Carroll Shelby e Goodyear em
um evento promocional para a marca de pneus para construir, talvez, o Ford
Mustang mais extraordinário que já existiu, o Shelby GT 500 Super Snake 1967.
Desde 1965, Carroll Shelby em parceria com a Ford desfrutava do sucesso
obtido com o GT 350, equipado com motor V8 de bloco “pequeno” de 289 polegadas cúnicas
(4.6 litros).
Em 1967, com a primeira reestilização do ponei mais famoso da indústria
automobilística e acensão assombrosa dos motores supra potentes da era Muscle
Car, a criação do Shelby GT500 veio naturalmente. Equipado com o V8 de
428 polegadas cúbicas (7 Litros) e 355 hp, que até então a Ford oferecia apenas
para as viaturas de polícia – Police Package – o GT 500 foi um sucesso de vendas, superando inclusive
o mais barato e já estabelecido GT350, foram 2048 unidades ante 1.175 do “irmão
menor”.
Além da parceria com a Ford, Carroll Shelby era o distribuidor exclusivo Goodyear para toda costa Oeste dos EUA. Em fevereiro daquele ano, a empresa de pneus pediu ao ex-piloto que participasse de um evento promocional para uma nova linha de emborrachados econômicos. Shelby julgou que o novo GT 500 seria perfeito para a tarefa, mas a decisão tomou um rumo diferente quando o gerente de vendas da Shelby, Don McCain, sugeriu a ideia de construir um super carro que superasse qualquer automóvel do planeta. A ideia de McCain era equipar o novo GT500 com o motor V8 427 de corrida
usado pelos bem sucedidos GT40, que naquela décadas, surrava a Ferrari e outros
Europeus em Le Mans. Depois, produzir mais 50 unidades para serem vendidas na
concessionária Mel Burns Ford, em Long Beach.
Shelby então
aceitou a ideia e deu sinal verde para que sua equipe técnica, liderada por
Fred Goodell, preparasse um único GT500 com tal especificação. O V8 427 usado
no projeto contava já com diversos componentes em alumínio, como cabeçotes,
bomba d’água, bielas e peças que foram originalmente preparadas para aguentar
as 24 horas de LeMans. Esta unidade de força de 7 litros gera 600 hp. Goodell
fez ainda outras modificações para aumentar a confiabilidade do Super Snake
durante o teste na pista de oito km da Goodyear, como suspensão mais dura
e um refrigerador de óleo externo. Esteticamente, o que difere o Super Snake
dos GT500 “comuns” são as faixas decorativas azuis, uma mais grossa ao
centro com outras mais finas, estas, de cada lado.
No final de
março, o carro estava pronto para o evento no Texas. Montado com as rodas de
alumínio e 10 pontas da Shelby e pneus econômicos Thunderbolt de 14 polegadas e
linhas brancas;, que precisaram ser supra inflados com nitrogênio para evitar
superaquecimento e enrijecer suas paredes. Antes do teste começar, Shelby
convidou diversos jornalistas, incluindo veículos de comunicação importantes,
como Life e Time Magazine, para assistirem algumas voltas no circuito.
Depois de 47
anos, ainda há informações conflitantes sobre quem dirigiu o Super Snake
durante as 500 milhas (804 km) do teste. Em uma entrevista ao canal Speed,
Goodell esclareceu os fatos. Depois de algumas voltas de demonstração, nas
quais, (Carroll) Shelby chegou a atingir 170 mph (273 km/h), Goodell se lembra:
“Ele (Shelby) voltou e me entregou o capacete e disse: – Eu tenho que ir
a Washington, vá em frente e conduza o teste – E assim voltei para o carro e eu
dirigi o carro no teste de 500 milhas. Nós dirigimos a 142 mph (228 km/h) de média
por 500 milhas (804 km)”. O evento da Goodyear foi sucesso absoluto.
O pneu mais estreito já montado, em um dos Shelby Mustang mais potentes da
história, manteve 97% de sua superfície após o teste.
O carro
então foi enviado para Long Beach, California, onde ficaria a mostra na
concessionária Mel Burns. A segunda parte da ideia inicial de Don McCain seria
colocada em prática, que era gerar interesse o suficiente entre possíveis
compradores para produzir uma edição limitada de 50 unidades. O fato é que o
custo final do Super Snake seria o dobro do GT 500, mais caro até que o Cobra,
o que inviabilizou a, mesmo pequena, produção.
A única
unidade então, seguiu viagem até Dallas onde foi comprada por uma dupla de
pilotos de aviões comerciais da Braniff International Airways, James
Hadden e James Gorman. Eles substituíram o diferencial original de 2.73 para
4.10, cujo objetivo era participar de provas de arrancada. Os dois compradores
seguintes ficaram anônimos até hoje. Em 1970 o carro foi comprado por Bobby
Pierce e o carro voltou a terra do teste, o Texas, e por la permaneceu por 25
anos. O carro mudou de mãos mais uma vez e foi para a garagem do David
Loebenberg, na Florida.
O carro então voltou para a Califórina, onde passou por mais dois donos Charles Lillard e, por fim, Richard Ellis. A essa altura o odômetro já mostrava 26 mil milhas (41 mil kilometros) sem qualquer deterioração. Ellis então fez uma restauração leve no Super Snake, substituindo fios e mangueiras do compartimento do motor e adicionando um extintor de época, igual ao que equipou o carro originalmente. Forem encontradas também rodas de 10 aros da Shelby.
Elis
explicou que o carro foi muito bem cuidado pelos donos anteriores, mas queria
que este modelo fosse parte fiel da história da Shelby, portanto, era
mandatório ele estar equipado com os pneus “franzinos” modelo Thunderbolt da
Goodyear. Como estes foram feitos para equipar carros ordinários dos anos 60,
ninguém mais se lembrava de tais modelos ou se preocupou em fazer
reproduções, como é feito hoje em dia com os Polyglass. Elis encontrou,
provavelmente, o único jogo 0km em um galpão em Akron, Ohio.
A morte do
lendário Carroll Shelby, uma história fantástica para um modelo igualmente sem
paralelos, inflacionaram o preço deste Ford Shelby Mustang GT 500 Super Snake
1967 que, em meados de 2013, foi arrematado em um leilão da Mecum pela
bagatela de US$ 1.3 milhões de dólares ou R$ 3.08 milhões de reais.
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