segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Bugatti EB 110 - Super carro

O carro utiliza um motor 4 tempos, quad- turbo V-12 de 60 válvulas, que transmite a potência às 4 rodas por meio de uma caixa de mudanças manual de 6 marchas. A cilindrada de 3.5L (3499cc3) é obtida por cilindros com diâmetro de 81mm e 56,6mm de curso e proporciona potência de 561 cv (404 kW; 553 hp) à 8000 rpm. Acelera de 0 à 100 km/h em 3,4 segundos e a versão GT alcança a velocidade máxima de 343 km/h (213 m/h). O Bugatti EB 110 utiliza uma suspensão do tipo double wishbone, e o chassis foi desenvolvido pela Aéropastiale, uma empresa de aviação, e montado em fibra de carbono e Nomex, sobre o qual foi montada a mecânica completa e a carroceria do veículo, fabricada a partir de chapas de alumínio finíssimas. O carro foi equipado com as famosas portas Gandini do tipo tesoura e possui ainda um vidro que proporciona uma visão do motor V12 aos ocupantes, e pode ser levantado ou abaixado por meio de um interruptor. A alavanca de câmbio foi localizada próxima ao motorista, visando agilidade as trocas de marcha. O acabamento interno era luxuoso e exclusivo, mas praticamente não havia lugar para a bagagem. A Michelin usou então o carro para desenvolver seus pneus MMX3 de altíssimo desempenho (seguros acima de 300 km/h) e que poderiam rodar vazios, eliminando a necessidade de estepe.

Como era de se esperar devido à baixa cilindrada e à opção pela superalimentação, a imprensa da época reporta que não acontecia nada antes de 4.000 rpm, mas daí em diante toda a potência era despejada de uma só vez, até o limite de giros de 8.000 rpm.2 Uma revista alemã, uma das poucas publicações que mediram seu desempenho, conseguiu fazer de 0 à 100 km/h em apenas 3,6 segundos e de 0 à 200 km/h em 14 segundos. Sua velocidade máxima era de 334 km/h.2 Mesmo assim seu comportamento dinâmico era tranquilo, sem surpresas, graças em grande parte à tração integral (com repartição de potência de 73% à traseira e 27% à frente), e a suspensão extremamente equilibrada absorvia muito bem os impactos, o que impressionava para um carro deste tipo. A qualidade do acabamento era boa e o carro dava a sensação de um produto sólido e bem feito. O peso inicial do carro foi previsto para 1.300 kg, mas ficou em 1.618 kg, fruto de sua complexidade excessiva. Cinco protótipos foram construídos com chassis de alumínio, seguido por oito protótipos construídos com chassis composto. Após estes, acredita-se que apenas 95 unidades do GT SS foram construídos.
Em 1992, um modelo mais leve e potente com 611 cv (450 kW, 603 hp) a 8000 rpm, o Bugatti EB110 SS (SuperSport) foi introduzido. Este carro foi capaz de atingir 348 km/h (216 mp/h) e acelerar de 0 a 100 km/h em 3.2 segundos. Seu valor era superior à 350.000 dólares para o modelo SS, tornando-o muito exclusivo. No início de 1994 o piloto de Formula 1, Michael Schumacher adquiriu um Bugatti EB 110 SuperSport amarelo, dando a companhia uma grande publicidade. Derek Hill, filho do ex-piloto e campeão de Formula 1, Phill Hill, foi um dos três pilotos de uma equipe que competiu com um EB 110 nos Estados Unidos em 1996 nas 24 Horas de Daytona. Apesar de correr pela Ferrari a partir de 1996, e de uma colisão com um caminhão no ano anterior (a qual ele culpou o sistema de travamento), Schumacher manteve seu EB 110SS até 2003. Vendeu o carro a Modena MotorSport, uma oficina especializada em Ferrari, preparação para corridas e venda de Ferraris clássicas na Alemanha.

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