O carro utiliza um
motor 4 tempos, quad- turbo V-12 de
60 válvulas, que transmite a potência às 4 rodas por meio de uma caixa de
mudanças manual de 6 marchas. A cilindrada de
3.5L (3499cc3) é obtida por cilindros com diâmetro de
81mm e 56,6mm de curso e proporciona potência de 561 cv (404 kW;
553 hp) à 8000 rpm. Acelera de 0 à 100 km/h em 3,4
segundos e a versão GT alcança a velocidade máxima de 343 km/h (213 m/h). O
Bugatti EB 110 utiliza uma suspensão do tipo double wishbone, e o chassis
foi desenvolvido pela Aéropastiale,
uma empresa de aviação, e montado em fibra de carbono e Nomex, sobre o qual foi
montada a mecânica completa e a carroceria do veículo, fabricada a partir de
chapas de alumínio finíssimas. O carro foi equipado com as famosas portas
Gandini do tipo tesoura e possui ainda um vidro que proporciona uma visão do
motor V12 aos ocupantes, e pode ser levantado ou abaixado por meio de um
interruptor. A alavanca de câmbio foi localizada próxima ao motorista, visando
agilidade as trocas de marcha. O acabamento interno era luxuoso e exclusivo,
mas praticamente não havia lugar para a bagagem. A Michelin usou
então o carro para desenvolver seus pneus MMX3 de altíssimo desempenho (seguros
acima de 300 km/h) e que poderiam rodar vazios, eliminando a necessidade
de estepe.
Como era de se esperar
devido à baixa cilindrada e à opção pela superalimentação, a imprensa da época
reporta que não acontecia nada antes de 4.000 rpm, mas daí em diante toda a
potência era despejada de uma só vez, até o limite de giros de 8.000 rpm.2 Uma
revista alemã, uma das poucas publicações que mediram seu desempenho, conseguiu
fazer de 0 à 100 km/h em apenas 3,6 segundos e de 0 à 200 km/h em 14
segundos. Sua
velocidade máxima era de 334 km/h.2 Mesmo
assim seu comportamento dinâmico era tranquilo, sem surpresas, graças em grande
parte à tração integral (com repartição de potência de 73% à traseira e 27% à
frente), e a suspensão extremamente equilibrada absorvia muito bem os impactos,
o que impressionava para um carro deste tipo. A qualidade do acabamento era boa
e o carro dava a sensação de um produto sólido e bem feito. O peso inicial do carro
foi previsto para 1.300 kg, mas ficou em 1.618 kg, fruto de sua
complexidade excessiva. Cinco protótipos foram construídos com chassis de alumínio,
seguido por oito protótipos construídos com chassis composto. Após estes,
acredita-se que apenas 95 unidades do GT SS foram construídos.
Em 1992, um modelo mais leve
e potente com 611 cv (450 kW, 603 hp) a 8000 rpm, o Bugatti EB110 SS (SuperSport) foi
introduzido. Este carro foi capaz de atingir 348 km/h (216 mp/h) e
acelerar de 0 a 100 km/h em 3.2 segundos. Seu valor era superior
à 350.000 dólares para o modelo SS, tornando-o muito exclusivo. No início de 1994 o piloto de Formula 1, Michael Schumacher adquiriu um Bugatti EB
110 SuperSport amarelo, dando a companhia uma grande publicidade. Derek Hill, filho do
ex-piloto e campeão de Formula 1, Phill Hill, foi um dos
três pilotos de uma equipe que competiu com um EB 110 nos Estados Unidos em 1996 nas 24 Horas de Daytona. Apesar de correr pela Ferrari a
partir de 1996,
e de uma colisão com um caminhão no ano anterior (a qual ele culpou o sistema
de travamento), Schumacher manteve seu EB 110SS até 2003. Vendeu o carro a
Modena MotorSport, uma oficina especializada em Ferrari,
preparação para corridas e venda de Ferraris clássicas
na Alemanha.
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