1. Andar num carro com mais de 15 anos é nunca saber se realmente vamos chegar ao destino. É uma excitação! 2. Pode parecer exibicionismo, mas as duas janelas só vão abertas porque não temos ar condicionado e estamos tipo leitão assado lá dentro. E som do rádio só está no máximo para podermos ouvir a melodia por cima ruído ensurdecedor do motor; 3. A partir de certa altura, aumentar o volume do rádio já não significa aumentar o volume, é apenas aumentar o formigueiro;
4. Um carro velho no pico do Verão é a coisa mais próxima de um barbecue de seres humanos. Só um condutor suicida se atreve a pousar os braços na ombreira da janela nos primeiros minutos de um dia de Agosto. O metal ferve de tal maneira que nos deixa uma marca de ferro tipo gado bovino 5. Para que fique bem claro: em locais como a Rua do Alecrim ou a subida depois do viaduto Duarte Pacheco, nós NÃO estamos a pastelar. É uma subida íngreme e o carro não dá para mais, pronto. Nem sempre dá para tomar o devido balanço na reta.
6. Quando precisamos deles, os livros de instruções do rádio estão escritos em português arcaico 7. Sempre que descrevemos os problemas do carro utilizamos o mesmo tipo de terminologia: soluços, engasgos, falhas. É sempre grave. 8. Inspeção só à terceira e com suborno. 9. O nosso carro é o objeto mais pio da Babilónia. Para ele habemus papa todo o santo dia, é arrancar e deitar cá para fora uma avalanche de fumo branco 10. Apesar de tudo isto, adoramos o nosso carro. Vai chegar o momento em que dele só vai restar a carcaça de metal e nós vamos querer andar com ele na mesma. A correr com os pés no chão tipo Flinstones, se for realmente necessário. Fonte: bumbanafofinha.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário