terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Carro que é símbolo de potência, beleza e sonho de consumo para muitos adoradores de muscle cars, o Opala, ou como muitos brasileiros gostam de chamar, o Opalão. Veja um pouco da história dessa lenda da Chevrolet.

Um carro que marcou época no Brasil. Linhas elegantes. Conforto. Espaço. Desempenho. O Opala faz parte do desenvolvimento da indústria automobilística do Brasil e também da realização dos sonhos do consumidor Brasileiro. Em setembro de 1968, a General Motors do Brasil lançava o primeiro Opala modelo 69, baseado no seu irmão de origem alemã o Opel Rekord "C", o Opala (derivado de Opel + Impala) tinha carroceria e desenho alemão e mecânica norte-americana. Anos depois, o Opala e sua família provaram que a GM lançou o carro certo no momento certo. Desde seu lançamento, o Opala prometia ser mais que um carro. A GM estava colocando no mercado toda uma nova geração de automóveis.  Para isso, a General Motors do Brasil trabalhou dois anos e meio no projeto 676. 
O desafio era grande! Afinal para criar, projetar e construir um carro para atender as condições específicas de clima, topografia e pavimentação das estradas brasileiras era preciso uma profunda transformação nas instalações e nas rotinas operacionais da companhia, sem prejudicar suas atividades normais de produção de veículos comercias. Assim entre 1966 e 1968 foram criados mais de 3 mil empregos diretos, sem falar nas mais de 2 mil empresas nacionais que se tornaram fornecedoras da General Motors. Para os proprietários de Opala os avanços técnicos não eram o único atrativo. Para esses consumidores, o luxo, a elegância e o charme do Opala representavam um apelo irresistível. A receita deu certo. Em 1974, 5 anos depois de lançado, o Opala alcançava a casa dos 300 mil automóveis produzidos e os números foram crescendo ano a ano, a medida em que apareciam novos modelos, inovações técnicas, novas cores, novas linhas, novos opcionais. 
O modelo 1970 trazia caixa de câmbio de 4 velocidades. Em 1974 nascia a Caravan, descendente direta da linha Opala que já em 1976 recebia o título de carro do ano em eleição promovida pela revista Auto Esporte. A raça e a esportividade deram o tom nos anos seguintes, sempre mantendo as marcas registradas da família Opala: conforto e desempenho. A preocupação constante com a segurança teve como resultado o desenvolvimento permanente de equipamentos cada vez mais eficientes. 1980 trouxe a grande sensação: o lançamento do luxuoso Diplomata. A linha Opala continuava com sua história de sucesso, adotando sistema de ignição eletrônica para os carros movidos a álcool e introduzindo a transmissão de 5 velocidades com a quinta marcha overdrive em 1982.
Deixando para trás uma história de 24 anos e uma legião de admiradores que, ainda hoje, o consideram insuperável entre os carros produzidos no Brasil, neste momento o Opala se despede do mercado. Missão cumprida! "Adeus amigão!!! Dê muitas glórias e emoções!!! Você vai partir, mas ficará para sempre em nossos corações" (cartaz colado no último Diplomata, em meio a tantos outros. E o nosso querido Opala continua fazendo uma legião de admiradores pelo Brasil e América do Sul.

Em 1990 o quatro-cilindros deixava de ser oferecida e o seis, então com 121 cv, ficava mais econômico, graças em parte ao segundo estágio a vácuo do carburador de corpo duplo. Para 1991, os pára-choques ficavam envolventes, o quebra-vento era eliminado e os retrovisores, embutidos. Os freios eram a disco nas quatro rodas e a direção hidráulica, progressiva. No ano seguinte, a série especial Collectors prenunciava o tão adiado fim do Opala e derivados. Com seu requinte e status, o Diplomata tornou possível que um dos carros nacionais mais típicos dos anos 60 e 70 resistisse até 1992, para só então abrir caminho para o Omega.
Fonte: Revista Quatro-Rodas / http://www.opalace.kinghost.net/

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