terça-feira, 29 de agosto de 2017

Ferrari raríssima foi descoberta no Japão após 40 anos

Quando você pensou que não há mais celeiros encontrados, uma Ferrari Daytona única é encontrada escondida sob um galpão no Japão depois de quase 4 décadas. A Ferrari fez pouco mais de 1.200 Ferraris Daytonas entre 1969 e 1973, como se sabe, este modelo da Ferrari só teve cinco carros contruidos para pista. Este aqui é o único Daytona com um corpo de alumínio feito pela encarroçador Scaglietti, um carro que foi vendido novo para Luciano Conti, amigo íntimo do Enzo Ferrari. A compilação foi concluída em junho de 1969, montando no chassis no. 12653 e vestindo o corpo Scaglietti no. 32. Este Daytona também veio equipado com os faróis de Plexiglass ​​e janelas elétricas, além de seu corpo de alumínio sob medida.
Em 1971, o carro foi importado para o Japão, onde trocou proprietários três vezes, sendo o último Makoto Takai que armazenou o carro por quase 4 décadas. Muito poucos colecionadores sabiam que este carro existia e muitas pessoas tentaram comprá-lo sem sucesso. O carro passou por uma avaliação completa em junho passado, confirmando que esta Daytona é um número correspondente, o carro é um Scaglietti de corpo de alumínio original, o único de seu tipo. A Ferrari será leiloada no evento RM Sotheby’s Ferrari – Leggenda E Passione em 9 de setembro e deverá obter até US $ 2 milhões (1,7 milhões de euros). Fonte:aglomeradodigital.com.br

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Segredo: novo Polo vai mesmo matar o Volkswagen Fox Fim da linha Fox (incluindo CrossFox e SpaceFox) vai liberar fábrica para produção de SUV compacto

A sexta geração do Polo foi apresentada na Europa em junho. E desde então a Volkswagen mantém o discurso de que seu novo compacto Premium não causaria o fim de nenhum outro modelo no Brasil. De fato, nenhum modelo será descontinuado de imediato. O discurso da Volkswagen é o de que seus quatro compactos, Gol, Up!, Fox e Polo, terão clientes diferentes mesmo que seus preços se sobreponham. Fontes internas, porém, afirmam que o Volkswagen Fox deverá desaparecer antes de 2019. Hoje ele é o modelo mais antigo da marca em produção – não sofre mudanças estruturais desde seu lançamento, em 2003, e já não é mais vendido na Europa – e não está incluído nos planos de renovação da gama Volkswagen, prevista para acontecer até 2020. A Volkswagen classifica o novo Polo como concorrente em potencial de Chevrolet Onix, Fiat Argo, Hyundai HB20 e até mesmo Honda Fit. A marca não cita, mas Peugeot 208 e Ford Fiesta também estão na lista. Todos eles (dependendo da versão) também cruzam preços com o Fox, que parte dos R$ 46.890 na versão Trendline 1.0. Contudo, sua versão mais vendida é a Comfortline 1.6 8v de R$ 53.990.

Se as previsões estiverem certas, o Polo com motor 1.0 MPI (aspirado) partirá dos R$ 50 mil, recebendo o título de 1.0 de entrada mais caro do mercado. Para efeito de comparação, o Fox Comfortline 1.0 MPI custa R$ 50.150 e por R$ 50.890 existe o Gol Comfortline 1.6 – a versão Highline foi descontinuada há poucos meses.  Apesar de defasado, o Fox ainda vende bem (é o 13º veículo mais emplacado no acumulado de janeiro a julho de 2017, à frente de Toyota Etios, Fiat Uno e Honda Fit, por exemplo), mas sua fatia de mercado deve ser bastante afetada pela chegada do novo Polo. 

E SpaceFox, SpaceCross e CrossFox?

O novo Polo será fabricado em São Bernando do Campo (SP). Mas os dois futuros derivados da plataforma MQB A0 (uma picape intermediária e o SUV compacto T-Cross) serão fabricados em São José dos Pinhais (PR). A fábrica paranaense hoje é responsável pelo Golf, Audi A3 Sedan, Audi Q3 e toda a linha Fox (incluindo CrossFox e SpaceFox). Para produzir os dois novos modelos MQB A0 (a partir do segundo semestre de 2018), será necessário abrir espaço na linha. Ou seja: do ponto de vista industrial, o futuro da linha Fox já está selado. 
Por Henrique Rodriguez - http://quatrorodas.abril.com.br

Novo Volkswagen GOL 2018 já roda no Brasil

A montadora já trabalha no desenvolvimento do novo Volkswagen Gol 2018. A fábrica ainda está finalizando alguns detalhes. Segundo uma fonte, o Gol preto de duas portas avistado recentemente em Teresina (PI) era uma dessas mulas. O novo Gol compartilha itens com a próxima geração do Polo alemão. A plataforma usada, é chamada de MQB A0,  uma versão mais curta da base modular MQB, que gradualmente substitui as plataformas da família PQ – como a PQ24 utilizada no Fox, Gol e no antigo Polo.
O projeto do novo Gol 2018 será simplificado em relação ao Polo europeu. O compartilhamento da base, porém, pode ajudar a reduzir custos. O novo Gol deverá manter a motorização o motor 1.0 de três cilindros, com a opção TSI. Os motores 1.6 MSI e 1.4 TSI seriam opções para versões mais top, caso a VW decida ampliar o leque de ofertas do modelo – outra opção seria nacionalizar o próprio Polo europeu. A novo modelo do Gol ainda não tem data prevista de lançamento. Mas espera-se que seja antes de 2019. Na Europa, o novo Polo deverá ser apresentado no próximo Salão de Genebra, em março de 2017, com as vendas tendo início no segundo semestre.
Fonte: http://aglomeradodigital.com.br

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Último Dodge Viper é produzido em fábrica de Detroit Esportivo com motor V10 de 654 cavalos deixa de ser produzido com fechamento de fábrica da Fiat Chrysler em Detroit.

SRT Viper 2013
A última unidade do Dodge Viper está saindo da linha de produção em Detroit. Como a Fiat Chrysler (FCA) informou ainda no ano passado, o modelo deixará de ser produzido com o fechamento da fábrica em 31 de agosto. Ralph Gilles, chefe de design da FCA, postou imagens dos últimos exemplares da quinta geração. Ele ajudou a "ressucitar" o esportivo icônico em 2012, depois de um hiato de dois anos sem o modelo.
Último Dodge Viper será este vermelho, segundo Ralph Gilles
(Foto: Reprodução/Instagram/Ralph Gilles)
O Dodge Viper sai de fábrica com motor V10 de 8.4 litros, com cerca de 654 cavalos de potência e 82,95 kgfm de torque, o maior para um esportivo com motor aspirado (sem turbo), de acordo com a marca. No último ano, algumas edições limitadas comemoraram os 25 anos do Viper. Mesmo com preço inicial a partir de US$ 90 mil (cerca de R$ 285 mil), as vendas cresceram 33% com a notícia do fim da linha.
Dodge Viper 2017
(Foto: BILL PUGLIANO / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)
A história: O Viper foi lançado em 1992, para rivalizar com o Shelby Cobra, e, desde então, a Dodge e a SRT produziram 30 mil unidades em Detroit - o modelo nunca foi muito bom de vendas. Primeiro, era fabricado na fábrica Mack Avenue (1992–1994); depois, passou para a Conner Avenue. Com a compra da Fiat pela Chrysler, ele chegou a ter a produção interrompida em 2010, inclusive com uma série de edições especiais - várias delas revisitadas agora - e a "última", dourada, foi comprada por uma colecionadora do Texas. Mas uma nova geração foi anunciada logo depois e lançada em 2012. Ou seja, o Viper "pulou" o ano de 2011. O modelo 2012, então sob a marca SRT, foi visto no Brasil durante o Salão de São Paulo daquele ano. Foi só um "gostinho", pois o supercarro nunca chegou a ser vendido oficialmente no Brasil, apenas por importadoras independentes.
Viper GTS-R, de 1998 - CLÁSSICO VIPER DOS ANOS DE 1990

sábado, 19 de agosto de 2017

Jetta 2018: o que esperar do novo modelo da Volkswagen?

O Jetta 2018 ainda não foi anunciado pela Volkswagen, mas a imprensa internacional já trabalha com informações de bastidores para determinar o que se pode esperar do modelo. Sabe-se que, em 2017, o modelo sofrerá uma reestilização pesada, movendo-se para a plataforma MQB. Para muitos, a mudança deve marcar um novo nível de qualidade e estabilidade do modelo. Tudo indica que o redesign deve ser inspirado no New Midsize Coupe, apresentado em Pequim, como um conceito, em 2014. Não se sabe se as novidades chegam oficialmente como ano 2017 ou 2018, no modelo. De qualquer forma, garantia é que o modelo circulando nas ruas em 2018 seja o Jetta já montado sobre a MQB, com todas as mudanças ajustadas. Saiba mais sobre o Jetta 2018, e as mudanças que o esperam pelo caminho: VW não abre o jogo sobre mudanças. Embora a VW não esteja ansiosa para dar detalhes oficiais do novo modelo, algumas informações já são confirmadas entre representantes da marca. É o caso, por exemplo, da saída do Jetta a Diesel do mercado. Após os escândalos dos testes de emissão de gases, boa parte dos modelos deixarão de apresentar a opção. Pelo contrário: a VW tornou-se uma das montadoras mais esforçadas na implementação dos modelos elétricos. Por óbvio, a mudança pouco influencia no mercado brasileiro. O sedã já não era oferecido a diesel por aqui, até então, e o modelo elétrico deve atingir um preço que – se chegar por aqui – será de um nicho altamente restrito. Por óbvio, a mudança pouco influencia no mercado brasileiro. O sedã já não era oferecido a diesel por aqui, até então, e o modelo elétrico deve atingir um preço que – se chegar por aqui – será de um nicho altamente restrito.

Provável manutenção de motorização na Europa: ao que tudo indica, tudo o que muda no motor europeu são as opções de combustível. Como já mencionado, nada de diesel para o sedã da VW. São mantidos, no entanto, o 1.4 turbo para entrada, o 1.8 turbo e, na versão topo de linha, o 2.0 turbo. Os propulsores variam entre 150 e 210 cavalos de potência, no total. As opções de transmissão são, por outro lado, uma das dúvidas para 2018. Fala-se muito em um câmbio automático de embreagem dupla com dez velocidades sendo desenvolvido pela VW. Especula-se que sua estreia aconteça no Golf 2018. Dependendo da data de lançamento, nada impede que o caminho do sistema esteja livre, também, para o Jetta. O sistema seria mais rápido e preciso do que o DSG atual, e ainda auxiliaria significativa em diminuir o consumo de gasolina. Mais seguro para acompanhar a concorrência. No que diz respeito à segurança, o Jetta já conta com boa tecnologia. Para manter-se em uma briga sólida com a concorrência, no entanto, o Jetta 2018 precisará contar com alguns dos trunfos já conhecidos da VW. Em modelos como o Passat, sistemas como frenagem emergencial e vigilância de ponto cego já foram implementados. Em dois anos, tais ferramentais já devem estar presentes em modelos mais acessíveis, como o Jetta.


Nova plataforma pode auxiliar Jetta 2018 a ser mais competitivo. Determinar o preço de um carro que ainda deve levar um tempo para chegar ao mercado é sempre difícil. No entanto, há algumas dicas sobre o Jetta 2018 que podem auxiliar e determinar mudanças. Em especial, destaca-se a plataforma. A MQB é uma plataforma modular desenvolvida para reduzir os custos de produção da VW. A imprensa norte-americana que, com uma boa linha de montagem, o carro chegue às ruas por menos de vinte mil dólares. Este é mais ou menos a faixa de preço atual. Se, durante o período, o modelo for capaz de apresentar estas melhorias e manter seu valor, ele se torna bastante competitivo frente à concorrência, o que faria uma enorme diferença no seu nível de vendas.


terça-feira, 15 de agosto de 2017

História automotiva: Em 1936, o Primeiro Grande Prêmio Cidade de São Paulo

O mapa do GP
Às vésperas de mais uma edição da concorrida São Paulo Indy 300, podemos ter a impressão de que corridas em circuito de rua é uma coisa recente na cidade de São Paulo, mas muito antes da Fórmula Indy chegar por aqui,São Paulo teve como seu primeiro GP, em 1936, um fantástico circuito de rua pela cidade, no bairro do Jardim América. Impensável nos dias de hoje, tanto pela mudança dos traçados das ruas como pela enorme diferença entre os veículos de competição da época e as super máquinas da Indy 300, o nosso primeiro GP foi um evento que praticamente parou São Paulo durante os dias 11 de julho (véspera da corrida) e 12 de julho de 1936. Promovido pelo poderoso empresário paulistano, Sabaddo D’Angelo, dono da fábrica de cigarros Sudan, o evento foi realizado em uma data pouco tempo depois do Circuito da Gávea, no Rio de Janeiro, para aproveitar o maior número de pilotos internacionais que já estavam no país.
Arquibancada da Avenida Brasil 
A prova contou com pilotos de grande renome nacional e internacional como o brasileiro Manuel de Teffé e a francesa Hellé Nice. Ao todo foram 20 competidores, sendo 6 deles estrangeiros. Diferente do circuito da Indy, que dispõe dos mais modernos regulamentos de segurança, isolamento da pista e muitas outras normas para proteger o espectador, em 1936 a realidade era muito diferente. Haviam arquibancadas na Avenida Brasil, mas nas outras ruas do circuito as pessoas ficavam vendo os carros na calcada com pouco ou nenhum isolamento. O risco de atropelamento era real, já que não só os carros podiam sair desgovernados de uma curva, e, no público, muitos insistiam em atravessar de um lado para o outro da pista.
Manuel de Teffé (à direita) em plena corrida.
A corrida, como era de se esperar em um grande evento, foi um enorme sucesso de público. Bem agitada e disputada, a corrida não foi completada pela maioria dos corredores, que foram parando por colisões ou problemas mecânicos durante a prova. Dos 20 competidores, apenas 6 concluíram o 1 GP da Cidade de São Paulo.

Imprudência de pessoa na platéia causou acidente.
O ponto triste da corrida deu-se por conta de um grande acidente ocorrido não pela imperícia de algum piloto, mas pela imprudência do público. Enquanto Hellé Nice tentava conquistar a terceira posição que estava com o brasileiro Manuel de Teffé, em uma das disputas mais emocionantes da corrida, um espectador resolveu cruzar a pista, causando um grande acidente, com cinco mortos e trinta e sete feridos. O desastre só não teve proporções ainda maiores porque Manuel de Teffé conseguiu jogar o carro contra uma grande barricada de feno.

O jornal Correio Paulistano deu amplo destaque ao desastre
Com um total de 60 voltas, a corrida por pouco não foi concluída em sua totalidade. Ela foi paralisada exatamente por conta deste acidente, na volta de número 56. Abaixo, os vencedores da prova*.
1º lugar – Carlo Pintacuda        2º lugar – Attilio Marinoni       3º lugar – Manuel de Teffé
4º lugar – Hellé Nice -                5º lugar – Victorio Rosa           6º lugar – Arthur Nascimento Júnior
*mantidas as grafias dos nome à época.

O placar da prova, durante a corrida.
O machismo e o preconceito contra as mulheres, muito grande à época, foi notado após o acidente. Corredora hábil e muito superior a muitos dos homens com quem disputava, Hellé Nice foi acusada por muitos de ter sido a causadora do acidente com Manuel de Teffé. É possível ver a diferença entre a cobertura dos dois grandes jornais da época O Estado de S.Paulo, acusando a pilota de ter ficado nervosa com os palpites de seu mecânico durante a prova, e o Correio Paulistano, que dedicou uma página inteira da edição de 14 de julho ao acidente, inocentando a francesa. Uma grande corrida, destaque no mundo inteiro, que acabou infelizmente manchada pelo terrível acidente da volta 56.

Os melhores carros para fazer trilha... Veja alguns dos guerreiros.

O jipe desce a trilha, joga um monte de barro para o lado e cai no atoleiro. Dali, sai com a tração 4×4 e segue pela estrada, com mais barro pela frente. A cena do veículo passando pela lama é linda, mas não é qualquer carrinho que entra nesse tipo de aventura não. Na verdade, qualquer carro entra, mas nem todos saem de lá. Alguns veículos são mais utilizados pelos amantes de trilha justamente por serem preparados para isso. Listamos os melhores do mercado nessa área.

JEEP FORD WILLYS


Um dos clássicos do barro. O jipe ficou famoso por sua produção para a Segunda Guerra Mundial pela norte-americana Willys em parceria com a Ford. No Brasil, foi fabricado até os anos 80 e ainda se aventura nas trilhas.

SUZUKI VITARA


Quem vê o jipinho da Suzuki rodando na cidade pode não imaginar o estrago que ele faz nas trilhas. Hoje em dia, a Suzuki fabrica o Grand Vitara, porém é mais comum ver os modelos anos 90/2000 caindo no barro. Considerado um dos melhores custo-benefício.

TROLLER


Produzido no Ceará, o Troller continua fazendo a cabeça dos fãs de lama e 4×4. A empresa, que hoje pertence à Ford, lançou recentemente o novo Troller T4, com motor 3.2 diesel e mais de 200cv de potência.






CHEVROLET TRACKER


Vendido no Brasil até 2010, o “antigo” Chevrolet Tracker nada mais é que um Suzuki Vitara com o logotipo da montadora norte-americana. O Tracker mais novo tem pegada urbana e pouco a ver com o jipinho.

JEEP CHEROKEE


O Jeep Cherokee é outro veículo que pode parecer bom demais para a cidade e que também dá show nas trilhas. Robusto, o veículo não decepciona quando o assunto é atoleiro e travessia em trechos com água.

SUZUKI SAMURAI


O Samurai (nome alternativo) é um veículo bem parecido com o Vitara, mas raro de ver no Brasil. No fim dos anos 90, o carro passou a ser chamado de Suzuki Jimny por muitos outros países, afinal essa é sua nomenclatura oficial em japonês.

JEEP WRANGLER


Se você tem grana e pode pagar por um Jeep Wrangler, então gaste e seja feliz com ele nas trilhas. O modelo já é tradicional (fabricado desde 1986) e suporta bem os terrenos irregulares, além de barro e caminhos rochosos.

Grandes Brasileiros: FNM Onça Sósia do Ford Mustang, ele deveria revigorar a linha FNM, mas os italianos lhe negaram a marca Alfa Romeo

Ao lado dos roadsters e conversíveis, os cupês sempre foram os mais apreciados Alfa Romeo. Afinal, a marca talhou a famosa expressão cuore sportivo (coração esportivo) como a essência de seus produtos, que se materializou nas grades de seus carros. O primeiro modelo produzido no Brasil sob licença pela estatal Fábrica Nacional de Motores, a FNM, foi o sedã JK 2000 de 1960. Quatro anos depois, começava a ganhar projeção o trabalho do fazendeiro e projetista Genaro “Rino” Malzoni, que produzia carrocerias de fibra de vidro em Matão (SP). Seu GT Malzoni logo daria início nas pistas ao que seria a Puma. Coube a ele desenhar o cupê da FNM que teria o legado esportivo dos Alfa. A tentativa de criar aqui um “Fenemê” com duas portas a menos resultaria no Onça, um dos projetos nacionais mais peculiares. Ainda sem nome, o protótipo de carroceria de aço não agradou na Feira Brasileira do Atlântico, no Rio de Janeiro. Mas no Salão do Automóvel a FNM mostrou a versão esportiva do seu sedã, o futuro 2000 timb – e base mecânica do Onça. De volta à prancheta, Malzoni copiou o Ford Mustang, fenômeno de vendas americano.
A estreia o Onça foi no salão seguinte, em 1966. Na moda nacionalista da época, seu nome evocava a ferocidade do felino tipicamente brasileiro. Só a dianteira mantinha vínculo com os Alfa Romeo. Semelhante à do Giulia italiano, o desenho fazia jus ao apelido de “Mustang brasileiro”. A carroceria de fibra de vidro era montada em um chassi de 2000 timb encurtado em 22 cm. Com 115 cv, o motor tinha 20 cv a mais que o sedã básico. Em vez de na coluna de direção, o câmbio vinha no assoalho. Com 260 kg a menos que o timb, o Onça alcançava 175 km/h. A plataforma viajava da fábrica de Xerém (RJ) até Matão e de lá retornava com carroceria, para instalação da mecânica e do acabamento.
Mas havia um porém: sem autorização da Alfa para estampar a marca no Onça, a FNM teve de enviar uma unidade para testes na Europa. As alterações exigidas pelos italianos encerraram precocemente a produção do cupê. Das oito carrocerias produzidas, só cinco foram montadas. É o que conta o curador do Museu do Automóvel, em Brasília, e proprietário do Onça lá exposto, Roberto Nasser. Desses cinco, só se tem notícia de mais dois. O destas fotos pertence desde novo ao mesmo dono, que o ganhou como presente por entrar na faculdade. Foi restaurado na década passada pelo especialista Ricardo Oppi em São Paulo.
“O Onça é um JK que acelera mais rápido”, diz Nasser. “Além de mais leve, era mais aerodinâmico e foi o nacional mais veloz da época.” Estável nas curvas e com menos peso para os tambores de freio controlarem, a tradição dos Alfa foi, portanto, honrada para os padrões da época. “O Onça também era nosso carro mais caro.” Segundo Nasser, o cupê custava 65% a mais do que um luxuoso Ford Galaxie. No tempo do Onça, ele já era singular.

Sumiço

O paradeiro da primeira versão do Onça é um mistério. De desenho pesado, o protótipo de 1964 era diferente do carro definitivo. Tinha faróis duplos com moldura cromada, frente elevada e reta, para-choque frontal dividido em dois, teto de vinil e aberturas dos para-lamas traseiros mais baixas que as dianteiras. Se ainda existir, é um tesouro para qualquer coleção.

Comparativo: os sedãs médios esquecidos pelo mercado Mitsubishi Lancer, Kia Cerato, Citroën C4 Lounge, Peugeot 408, Hyundai Elantra, Nissan Sentra, Ford Focus e VW Jetta: qual é o melhor?

PARTE 01 

Por Paulo Campo Grande
Estes sedãs custam menos de R$ 90.000

4° – Hyundai Elantra 2.0


Recém-chegado à sexta geração, o Elantra causou boa impressão no teste de estreia, com design de linhas limpas, comportamento dinâmico equilibrado e um generoso pacote de equipamentos. A versão avaliada na ocasião era a mais completa, que custa R$ 114.990. Na configuração analisada agora (R$ 84.900), a lista de série é menor e menos sofisticada. Considerando apenas os recursos frequentemente presentes nos rivais, o Elantra traz piloto automático e Isofix, mas fica devendo ESP, luzes diurnas, faróis de neblina, sensor de estacionamento, sensor de chuva e sensor crepuscular. O estilo clean e o comportamento dinâmico (com boas marcas de desempenho e consumo) não mudaram na versão de entrada escolhida para este comparativo, mas a redução na oferta de equipamentos pesou para que ele ficasse no quarto lugar, atrás de competidores que se apresentaram mais bem equipados, entre outras virtudes.

Mas se os itens de série são escassos, o pós-venda elogiado rende vários pontos. O Elantra se destaca com a garantia de cinco anos e o plano de assistência 24h (ausente na Kia) com um ano de duração. Seu seguro é de R$ 6.396 ou 7,5% do valor do carro.

Teste de pista (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h:  10,9 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 (segundos/km/h): 31,8 s/170,1
  • Velocidade máxima: 195 km/h
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 4,5 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 5,9 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 7,3 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 15,9 / 27 / 63,9 m
  • Consumo urbano: 11,5 km/l
  • Consumo rodoviário: 15,5 km/l
  • Ruído PM/1° em máx.: 39,9/70,5 dB
  • Ruído a 80 km/h/120 km/h: 60,7/67,4 dB

Ficha técnica

  • Preço: R$ 84.900
  • Motor: flex, diant. transv. 4 cil., 16V, DOHC, CVVT, 1.999 cm³, 81 x 97 mm, 12,1:1, 167/157 cv a 6.200 rpm, 20,6/19,2 mkgf a 4.700 rpm
  • Câmbio: automático, 6 marchas, dianteiro
  • Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.), sólidos (tras.)
  • Direção: elétrica, 2,8 voltas entre batentes; diâmetro de giro, 10,9 m
  • Rodas e pneus: 205/60 R16
  • Dimensões: comprimento, 457 cm, largura, 180 cm; altura, 146,5; entre-eixos, 270 cm. Porta-malas, 407 l; tanque de comb., 56 l; peso, 1.780 kg; peso/potência, 10,7/11,3 kg/cv; peso/torque, 86,4/92,7 kg/mkgf
  • Garantia/assistência 24h: 5 anos/1 ano
  • Revisões (três primeiras): R$ 1.379
  • Seguro: R$ 6.396

3° – Nissan Sentra 2.0 S


Campeão no no comparativo Menor Custo de Uso de 2017, o Sentra confirmou seu favoritismo nesse aspecto, com três anos de garantia, assistência 24h com cobertura de dois anos, baixo consumo, revisões programadas baratas (R$ 1.139 na soma das três primeiras) e seguro na média do segmento (R$ 6.199, ou 7,6% do valor de tabela). Assim como o Elantra, o Sentra perde terreno para os rivais por oferecer pacotes de equipamentos mais completos apenas nas versões mais caras. Mas nesse quesito ele bate o Hyundai com folga. Na configuração 2.0 S, que custa R$ 81.900 (o terceiro menor valor entre os concorrentes), o Nissan traz dispositivos importantes como ESP, chave presencial, sensor de estacionamento, sensor crepuscular e repetidores de LED nos retrovisores. Mas nega outros recursos igualmente interessantes, como central multimídia e piloto automático. No dia a dia, o Sentra é um carro confortável e bom de dirigir.


Mas seu motor 2.0 16V de 140 cv, o segundo mais fraco dos oito pareados, fica devendo desempenho melhor. Ele acelerou de 0 a 100 km/h em 12 segundos (a segunda pior marca do comparativo). Também não esteve entre os melhores no consumo de combustível.

Teste de pista (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h: 12 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 (segundos/km/h): 33,7 s/155,6
  • Velocidade máxima: 186 km/h
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 5,3 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 6,9 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 9,3 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 16 / 28,4 / 63,8 m
  • Consumo urbano: 10,1 km/l
  • Consumo rodoviário: 14,5 km/l
  • Ruído PM/1° em máx.: 43,4/75,3 dB
  • Ruído a 80 km/h/120 km/h: 60,8/66,5 dB

Ficha técnica

  • Preço: R$ 81.900
  • Motor: flex, dianteiro, transversal 4 cilindros, 16V, DOHC, CVVT, 1.997 cm³, 84 x 90,5 mm, 9,7:1, 140 cv a 5.100 rpm, 20 mkgf a 4.800 rpm
  • Câmbio: automático, CVT, dianteiro
  • Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.), sólidos (tras.)
  • Direção: elétrica, 3,4 voltas entre batentes; diâmetro de giro, 10,6 m
  • Rodas e pneus: 205/50 R17
  • Dimensões: comprimento, 463,6 cm, largura, 176,1 cm; altura, 150,4; entre-eixos, 270 cm. Porta-malas, 503 l; tanque de combustível, 52 l; peso, 1.327 kg; peso/potência, 9,5 kg/cv; peso/torque, 66,4 kg/mkgf
  • Garantia/assistência 24h: 3 anos/2 anoS
  • Revisões (três primeiras): R$ 1.139
  • Seguro: R$ 6.199

2° – Ford Focus Fastback SE 2.0


O Focus teve uma disputa muito parelha com o Jetta. O empate técnico só não ocorreu por pequenos detalhes que pesaram contra o Ford. Do ponto de vista do estilo, ele não dá sinais de cansaço, ao contrário do Lancer e do 408. Apresentado em 2012, o Focus recebeu atualização em 2014 e mantém uma impressão agressiva. Ao volante, o Focus se destaca tecnicamente pelo motor 2.0 flex com injeção direta e respeitáveis 178 cv de potência e a suspensão traseira multilink. Mas o câmbio automatizado Powershift de seis marchas já teve sua cota de reclamações (no Brasil e no Mundo), e perde em confiabilidade para o tradicional Tiptronic do Jetta. Entre os equipamentos, a versão SE (R$ 81.900) traz uma boa oferta: vem com ESP, assistente de partidas em rampas, controle de torque em curvas, aviso de baixa pressão nos pneus, faróis de neblina, sensores crepuscular e de chuva, luzes diurnas e central multimídia.
O desempenho e o consumo de combustível estão entre os melhores do comparativo, assim como a dirigibilidade afiada, na medida para quem prioriza o prazer ao dirigir. E, no pós-venda, apesar de ter um custo de manutenção dos mais caros, perdendo apenas para o do 408 neste confronto, o Ford conta com três anos de garantia de fábrica e assistência 24h pelo mesmo período, o que só o Peugeot tem.

Teste de pista (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h: 10 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 (segundos/km/h): 30,9 s/174,6
  • Velocidade máxima: 206 km/h
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 4,2 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 5,2 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 6,7 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 15,9 / 27,7 / 60 m
  • Consumo urbano: 10,1 km/l
  • Consumo rodoviário: 15,2 km/l
  • Ruído PM/1° em máx.: 37,1/71,3 dB
  • Ruído a 80 km/h/120 km/h: 60,4/67,5 dB

Ficha técnica

  • Preço: R$ 81.900
  • Motor: flex, diant., transv. 4 cil., 16V, DOHC, injeção direta, 1.999 cm³, 87,5 x 83,1 mm, 12:1, 178/175 cv a 6.500 rpm, 22,5/21,1 mkgf a 4.500 rpm
  • Câmbio: automatizado, dupla embreagem, 6 marchas, dianteiro
  • Suspensão: McPherson (diant.), multlink (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.), sólidos (tras.)
  • Direção: elétrica, 2,6 voltas entre batentes; diâmetro de giro, 11 m
  • Rodas e pneus: 215/50 R17
  • Dimensões: comprimento, 453,8 cm, largura, 182,3 cm; altura, 146,9; entre-eixos, 264,8 cm. Porta-malas, 421 l; tanque de comb., 55 l; peso, 1.399 kg; peso/potência, 7,9/8 kg/cv; peso/torque, 62,2/66,3 kg/mkgf
  • Garantia/assistência 24h: 3 anos/3 anos
  • Revisões (três primeiras): R$ 1.632
  • Seguro: R$ 7.487

1° – Volkswagen Jetta 1.4 TSI Trendline


Apresentado em 2011, o Jetta ganhou um face-lift em 2015 e traz atributos do mesmo nível dos do Focus. Ele tem motor 1.4, com turbo compressor e injeção direta, que gera 150 cv de potência e 25,5 mkgf (o maior torque entre os sedãs aqui testados); câmbio automático de seis marchas e suspensão traseira multilink. O espaço interno do Jetta é maior para os passageiros no banco traseiro, assim como o porta-malas (510 litros, contra 421 no Focus). Em relação aos equipamentos, a paridade se repete. Mas a VW privilegiou a segurança, enquanto a Ford apostou no conforto. O Jetta não só tem central multimídia como conta com quatro airbags (dois a mais que o rival) e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro (ausentes no Focus). Controles de estabilidade e tração e retrovisores elétricos com repetidores de seta e aquecimento – para não embaçar – completam o pacote. Na pista de testes, o Jetta andou junto com o Focus, com o tempo de 10,3 segundos, na aceleração de 0 a 100 km/h, contra os 10 segundos cravados pelo Ford. As retomadas foram quase idênticas, e o consumo também ficou equilibrado – o Jetta bebe menos na cidade e mais na estrada.
No final, o VW leva o comparativo pelo conteúdo mais equilibrado e a melhor dirigibilidade, mas seu triunfo perde o brilho por conta de seu fraco pacote de pós-venda. A garantia de fábrica é de três anos, mas os serviços de assistência 24h dura apenas um ano. Além disso, o Jetta (ao contrário de outros modelos VW) não tem plano de revisões com preço fixo. E seu seguro, apesar de mais em conta que o do Focus, C4 e Cerato, não é dos mais baratos.

Teste de pista (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h: 10,3 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 (segundos/km/h): 31,2 s/170,7
  • Velocidade máxima: 206 km/h
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 4,1 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 5,6 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 6,7 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 15,7 / 26,4 / 58,2 m
  • Consumo urbano: 11,5 km/l
  • Consumo rodoviário: 14,7 km/l
  • Ruído PM/1° em máx.: 42,9/65,8 dB
  • Ruído a 80 km/h/120 km/h: 63,7/67,9 dB

Ficha técnica

  • Preço: R$ 86.431
  • Motor: gasolina, diant., transv. 4 cil., 16V, DOHC, injeção direta, turbocompressor, 1.395 cm³, 74,5 x 80 mm, 10:1, 150 cv a 5.000 rpm, 25,5 mkgf a 1.500 rpm
  • Câmbio: automático, 6 marchas, dianteiro
  • Suspensão: McPherson (diant.), multlink (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.), sólidos (tras.)
  • Direção: elétrica, 3 voltas entre batentes; diâmetro de giro, 11,1 m
  • Rodas e pneus: 225/45 R17
  • Dimensões: comprimento, 465,9 cm, largura, 177,8 cm; altura, 147,3; entre-eixos, 265,1 cm. Porta-malas, 510 l; tanque de comb., 55 l; peso, 1.298 kg; peso/potência, 8,7 kg/cv; peso/torque, 50,9 kg/mkgf
  • Garantia/assistência 24h: 3 anos/1 ano
  • Seguro: R$ 6.848

Veredicto: Com preços mais em conta que Corolla, Civic e Cruze, o segundo pelotão dos sedãs tem opções atraentes. O Lancer é o mais barato, enquanto o Cerato vem bem equipado. Para quem quer desempenho, C4 e 408 são boas indicações. Já o diferencial do Elantra está no pós-venda, embora os menores custos de propriedade sejam os do Sentra. Focus e Jetta apresentam os melhores conjuntos, mas o Jetta sai campeão por ter uma lista de equipamentos superior, além de ser o mais agradável de dirigir. CONTINUA...

Fonte:http://quatrorodas.abril.com.br/testes/comparativo