quinta-feira, 12 de abril de 2018

Teste: os SUVs 4×4 em uma prova de off-road: EcoSport, Duster, Renegade, Forester, Trailblazer e Jimny mostram do que são capazes no fora de estrada.

(Christian Castanho/Quatro Rodas)

REPORTAGEM DA REVISTA QUATRO-RODAS...
Uma das vantagens de um SUV com tração nas quatro rodas é poder ir aonde os automóveis comuns não chegam. Essa versatilidade, porém, não é a mesma para todos os SUVs 4×4. No que diz respeito à transmissão, há importantes diferenças entre os diversos tipos de sistemas de tração disponíveis no mercado. Existem equipamentos que distribuem a força para as rodas de forma automática, enquanto outros necessitam da intervenção do motorista. Alguns sistemas possuem apenas um modo de uso, com relações de marcha fixas, enquanto outros oferecem a opção de marchas com relações reduzidas e até o bloqueio de diferencial, recursos desenvolvidos para vencer obstáculos mais severos.


Forester. Trailblazer, EcoSport, Duster, Renegade e Jimny: opções para todos os espíritos aventureiros (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Além da tração, outros fatores influenciam na afinidade dos SUVs com o uso off-road, como a força do motor, o peso do veículo, a altura em relação ao solo e a eficiência da suspensão, só para falar dos principais. Aqui, mostramos seis utilitários esportivos que representam bem o segmento. Optamos por alinhar um modelo por marca, com preços de até R$ 180.000. Reunimos Chevrolet Trailblazer, Ford EcoSport, Jeep Renegade, Renault Duster, Subaru Forester e Suzuki Jimny. A única marca que ficou de fora foi a Mitsubishi, que não cedeu um ASX 2.0 AWD para nosso teste. Para avaliar a capacidade desses SUVs em situações fora de estrada, levamos todos para o campo de provas Haras Tuiuti, em Tuiuti (SP), que possui pistas de terra com diferentes tipos de obstáculos e com diversos graus de severidade. Veja a seguir como eles se comportaram na terra – além dos dados técnicos e dos números de desempenho no asfalto (em nossa pista de testes), onde esses veículos rodam a maior parte do tempo.

Chevrolet Trailblazer 3.6 V6 LTZ

A versatilidade da suspensão foi útil nas trilhas
(Christian Castanho/Quatro Rodas)
Dono de visual e acabamento luxuoso e rodar macio, o Trailblazer surpreende pela desenvoltura nos terrenos acidentados e a principal razão para isso é seu motor 3.6 V6, com 279 cv de potência e 35,7 mkgf de torque, capaz de superar qualquer obstáculo sem jogar a toalha. Bem equipado, ele é o mais caro dos SUVs mostrados aqui, mas também é o único com recursos como alerta de pontos cegos, detector de mudança involuntária de faixa e sistema de partida remota e monitoramento On Star. Sua transmissão (com câmbio automático de seis marchas) oferece as opções 4×2, 4×4 e 4×4 reduzida. Mas no test drive no Haras Tuiuti quase não precisamos da tração integral. Na maioria das vezes, o modo 4×2 (tração traseira) assegurou o movimento. Optamos pelo modo 4×4 apenas nas rampas mais acentuadas. A suspensão do Trailblazer também se mostrou competente, com seu curso longo que deixa as rodas em contato com o piso na maioria das situações. Robusto (só ele e o Jimny têm chassi de longarinas), o Trailblazer se destacou ainda por ter um dos melhores ângulos de entrada e de saída e uma das maiores distâncias do solo. No teste de consumo, o Trailblazer obteve as piores médias entre todos os SUVs, mas é excelente na terra. É quase um Jimny com muita potência.

A escolha de tração ocorre por meio de seletor no console (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Ele tem visual luxuoso, cabine é confortável e a lista de equipamentos, completa
(Christian Castanho/Quatro Rodas)

Teste de pista (com diesel)

Trailblazer 3.6 V6 LTZ
Aceleração de 0 a 100 km/h9,1 s
Aceleração de 0 a 1.000 m30,5 s
Retomada de 40 a 80 km/h 4,2 s
Retomada de 60 a 100 km/h (em 4ª)6,4 s
Retomada de 80 a 120 km/h (em 5ª)7,8 s
Frenagem de 60 / 80 / 120 km/h a 0 em m14,9/25,7/56,9
Consumo urbano e rodoviário7,1 km/l e 9,6 km/l

Ficha técnica

Trailblazer 3.6 V6 LTZ
PreçoR$ 173.990
Motorgasolina, diant., long., V6, 3.564 cm³, 94 x 85,6 mm, 32V, 279 cv a 6.400 rpm, 35,7 mkgf a 3.700 rpm
Câmbioautomático, 6 marchas, 4×2, 4×4, 4×4 reduzida
Suspensãobraços articulados (dianteiro)/ 5 link (traseiro)
Freiosdisco ventilado (dianteiro e traseiro)
Direçãoelétrica; diâmetro de giro, 11,8 m
Rodas e pneusliga leve, 265/60 R18
Dimensõescomprimento, 488,7 cm; altura, 184,4 cm; largura 190,2 cm; entre-eixos, 284,5 cm; peso, 2.106 kg; peso/potência, 7,5 kg/cv; peso/torque, 59 kg/mkgf; tanque, 76 l; porta-malas, 554 l
Geometriaângulo de ataque, 30º; ângulo de saída, 27º; vão livre, 23 cm; ângulo de rampa, 23º
Equipamentos6 airbags, sensor de pressão dos pneus, alerta de marcha a ré, alerta de mudança involuntária de faixa, alerta de ponto cego, central multimídia e On Star

Ford EcoSport 2.0 Storm

Em alguns trechos, a parte inferior do carro raspa o solo
(Christian Castanho/Quatro Rodas)
O mais novo 4x4 do mercado é um modelo sem ambições aventureiras. O sinal mais claro desse desprendimento são seus pneus para uso 100% urbano. A tração do EcoSport é do tipo 4×4 sob demanda. Ela distribui a força para as rodas conforme as condições de aderência. E não possui opções de uso 4×2 e 4×4, e muito menos 4×4 reduzida. Aliás, no console não há nenhum comando ou indicação de que o carro tem tração 4×4. O sistema da Ford trabalha prioritariamente no modo 4×2, dianteiro. O 4×4 só entra em ação quando necessário: como por exemplo quando uma das rodas perde aderência, em razão das condições do piso ou da trajetória. A lista de equipamentos inclui central multimídia, assistente de partidas em rampas, faróis de xenônio e teto solar elétrico. A suspensão poderia ter mais de mobilidade e altura, para evitar raspões na parte inferior do carro no fora de estrada. Mas se a Ford não quis adotar pneus de uso misto também não haveria de querer alterar a geometria do carro. Apesar de não ser tão robusto, o Eco é bem melhor do que parece no off-road. Ao final do teste, cumpriu todo o trajeto sem negar fogo, em parte pelo peso baixo e entre-eixos curto. Nem os pneus 100% asfalto atrapalharam o desempenho ao atravessar o tanque de lama.


Teste de pista (com gasolina)

EcoSport 2.0 Storm
Aceleração de 0 a 100 km/h11,7 s
Aceleração de 0 a 1.000 m33,5 s
Retomada de 40 a 80 km/h 5 s
Retomada de 60 a 100 km/h (em 4ª)6,4 s
Retomada de 80 a 120 km/h (em 5ª)8,4 s
Frenagem de 60 / 80 / 120 km/h a 0 em m15,4/28/63,8
Consumo urbano e rodoviário9,3 km/l e 12,5 km/l

Ficha técnica

EcoSport 2.0 Storm
PreçoR$ 99.990
Motorflex, diant., transversal, 4 cilindros, 1.999 cm³, 87,5 x 83,1 mm, 16V, 176/170 cv a 6.500 rpm, 22,5/20,6 mkgf a 4.500 rpm
Câmbioautomático, 6 marchas, 4×4 sob demanda
SuspensãoMcPherson (dianteiro) e multibraço (traseiro)
Freiosdisco ventilado (dianteiro) e tambor (traseiro)
Direçãoelétrica; diâmetro de giro, 10,6 m
Rodas e pneusliga leve, 205/50 R17
Dimensõescomprimento, 426,9 cm; largura, 176,5 cm; altura, 169,3 cm;
entre-eixos, 251,9 cm; peso, 1.469 kg;
peso/potência, 8,3/8,6 kg/cv; peso/torque, 65,3/71,3 kg/mkgf; tanque, 52 l; porta-malas, 356 l
Geometriaângulo de ataque, 24º; ângulo de saída, 28º; vão livre, 20 cm; ângulo de rampa, 19º
Equipamentos7 airbags, assistente de partida em rampa, central multimídia, sensor de pressão dos pneus e GPS

Jeep Renegade Custom 2.0

A versão Custom tem motor diesel e rodas de aço
(Christian Castanho/Quatro Rodas)
Com apenas 19,5 centímetros de altura em relação ao solo, o Jeep é o modelo mais baixo entre os apresentados aqui, e esse ponto ficou evidente no campo de provas quando, passando por um trecho irregular, sentimos a parte inferior do carro raspar no piso. Tirando isso, o Renegade 2.0 diesel é o SUV 4×4 com mais recursos. Sua transmissão é a mais completa entre as que equipam os modelos apresentados aqui. Por um seletor, o sistema deixa o motorista escolher o modo de funcionamento de acordo com as condições de uso em quatro padrões: Auto, Snow, Sand e Mud (automático, neve, areia e lama), quando o torque é fornecido sob demanda, e também possibilita o uso da tração 4×4 reduzida e o bloqueio do diferencial. Esse seletor permite ainda o acionamento do freio eletrônico em descidas acentuadas. Em nossa avaliação, usamos todos esses recursos só para vê-los em funcionamento, porque, de fato, o modo Auto já resolvia os problemas. O Renegade é o único dos seis mostrados aqui com esse dispositivo, assim como o câmbio automático tem nove marchas. Dentro da faixa de preço considerada, o Jeep também é o único com motor diesel, o que lhe garante maior autonomia. Tivesse um vão livre mais adequado, o Renegade seria perfeito para o uso em terrenos acidentados.


Teste de pista (com diesel)

Renegade Custom 2.0
Aceleração de 0 a 100 km/h11 s
Aceleração de 0 a 1.000 m32,5 s
Retomada de 40 a 80 km/h 5 s
Retomada de 60 a 100 km/h (em 4ª)6 s
Retomada de 80 a 120 km/h (em 5ª)7,7 s
Frenagem de 60 / 80 / 120 km/h a 0 em m15,9/28,6/67,6
Consumo urbano e rodoviário11,9 km/l e 14,5 km/l

Ficha técnica

Renegade Custom 2.0
PreçoR$ 110.290
Motordiesel, diant., transversal, 4 cilindros, 1.956 cm³, 83 x 90,4 mm, 16V, 170 cv a 3.750 rpm, 35,7 mkgf a 1.750 rpm
Câmbioautomático, 9 marchas, 4×2, 4×4, 4×4 reduzida
SuspensãoMcPherson (dianteiro e traseiro)
Freiosdisco ventilado (dianteiro) e disco sólido (traseiro)
Direçãoelétrica; diâmetro de giro, 10,8 m
Rodas e pneusaço, 215/65 R16
Dimensõescomprimento, 423,2 cm; largura, 179,8 cm; altura, 168,6 cm;
entre-eixos, 257 cm; peso, 1.619 kg;
peso/potência, 9,5 kg/cv; peso/torque, 45,4 kg/mkgf; tanque, 60 l; porta-malas, 273 l
Geometriaângulo de ataque, 30º; ângulo de saída, 32º; vão livre, 19,5 cm; ângulo de rampa, 21,5º
Equipamentosduplo airbags, ESP, BAS, assistente de freio em declives, piloto automático, limitador de velocidade, computador de bordo, faróis de neblina, Isofix e iluminação do porta-malas

Renault Duster 2.0 Dynamique

O Duster tem bons ângulos de ataque e de saída
(Christian Castanho/Quatro Rodas)
O Renault possui boa geometria off-road (ângulos de entrada, saída, vão livre e ângulo de rampa). Sua tração tem opções 4×2, 4×4 sob demanda e bloqueio do diferencial. E, pesando 1.362 kg, ele é leve. Apesar dessas características, o Duster perdeu mobilidade nas trilhas por conta do motor 2.0, que fraquejou quando era mais necessário. Com 148/143 cv de potência e 20,9/20,2 mkgf de torque, o Duster tem as piores relações peso/potência e peso/torque, entre os apresentados aqui. Comparativamente, esse déficit se verifica igualmente no asfalto, onde os carros também foram testados. Por fim, ainda analisando o comportamento do Duster nas trilhas, sua suspensão com pouco curso também contribuiu para isso, anulando parte dos benefícios conseguidos pela boa altura do carro em relação ao piso. O Duster é um dos SUVs 4×4 mais baratos de nosso mercado. Só perde para o Jimny, que custa menos, mas é menos equipado e bem menor. O Duster inclui central multimídia, luzes diurnas, sistema de som, ar-condicionado, sensor de estacionamento, trio elétrico e ESP. E leva cinco pessoas e 475 litros no porta-malas.  Duster é um dos SUVs 4×4 mais baratos de nosso mercado. Só perde para o Jimny, que custa menos, mas é menos equipado e bem menor.  Duster inclui central multimídia, luzes diurnas, sistema de som, ar-condicionado, sensor de estacionamento, trio elétrico e ESP. E leva cinco pessoas e 475 litros no porta-malas.


Teste de pista (com gasolina)

Duster 2.0 Dynamique
Aceleração de 0 a 100 km/h11,7 s
Aceleração de 0 a 1.000 m33,6 s
Retomada de 40 a 80 km/h 5,4 s
Retomada de 60 a 100 km/h (em 4ª)8,3 s
Retomada de 80 a 120 km/h (em 5ª)12,8 s
Frenagem de 60 / 80 / 120 km/h a 0 em m17/30,6/68,6
Consumo urbano e rodoviário7,7 km/l e 11,4 km/l

Ficha técnica

Duster 2.0 Dynamique
PreçoR$ 89.290
Motorflex, diant., transversal, 4 cilindros, 1.998 cm³, 82,7 x 93 mm, 16V, 148/143 cv a 5.750 rpm, 20,9/20,2 mkgf a 4.000 rpm
Câmbiomanual, 6 marchas, 4×2, 4×4 sob demanda, bloqueio do diferencial
SuspensãoMcPherson (dianteiro) e multibraço (traseiro)
Freiosdisco ventilado (dianteiro) e tambor (traseiro)
Direçãoelétrica-hidráulica; diâmetro de giro, 10,7 m
Rodas e pneusliga leve, 215/65 R16
Dimensõescomprimento, 432,9 cm; largura, 182,2 cm; altura, 168,3 cm;
entre-eixos, 267,4 cm; peso, 1.362 kg;
peso/potência, 9,2/9,5 kg/cv; peso/torque, 65,2/67,4 kg/mkgf; tanque, 50 l; porta-malas, 475 l
Geometriaângulo de ataque, 30º; ângulo de saída, 34,5º; vão livre, 21 cm; ângulo de rampa, 20º
Equipamentosduplo airbag, ESP, central multimídia, piloto automático, trio elétrico e câmera de ré

Subaru Forester 2.0 XT Turbo

Forester tem tração integral e permanente
(Christian Castanho/Quatro Rodas)
Enquanto os Jeep são sinônimo de 4×4 para todo tipo de terreno, os Subaru são referência nos ralis de velocidade, em que os veículos percorrem estradas com topografia próxima à de vias pavimentadas. Essa diferença de conceito ficou clara em nossa avaliação. O sistema de tração da Subaru é integral e permanente. Ele distribui o torque para as quatro rodas o tempo todo, variando a força de acordo com as condições de aderência com o objetivo de garantir equilíbrio e estabilidade. A Subaru se apoia nessa tecnologia e também nos motores de cilindros opostos, que ajudam a baixar o centro de gravidade (CG). O Forester tem o sistema X-Mode, que ajusta as respostas de motor, câmbio e freios, para o uso off-road.Em contrapartida, para o desempenho esportivo no asfalto ele conta também com o sistema Si-Drive, que permite alterar as relações de marcha fixadas eletronicamente (câmbio CVT), e com um sistema de trocas no modo manual no volante.Nas pistas do Haras Tuiuti, o Forester foi um dos que mais rasparam o balanço dianteiro e a parte inferior no entre-eixos ao vencer os obstáculos.Já no asfalto ele foi um dos que apresentaram melhor dirigibilidade e rendimento. Em poucas palavras: apesar de ser um SUV 4×4, o Forester é um veículo urbano.


Teste de pista (com gasolina)

Forester 2.5 XT Turbo
Aceleração de 0 a 100 km/h8,4 s
Aceleração de 0 a 1.000 m29,5 s
Retomada de 40 a 80 km/h 3,8 s
Retomada de 60 a 100 km/h (em 4ª)4,6 s
Retomada de 80 a 120 km/h (em 5ª)5,5 s
Frenagem de 60 / 80 / 120 km/h a 0 em m16,8/28,5/69,7
Consumo urbano e rodoviário8,8 km/l e 10,3 km/l

Ficha técnica

Forester 2.0 XT Turbo
PreçoR$ 159.600
Motorgasolina, dianteiro, long., 4 cilindros opostos, 16V, 240 cv a 5.600 rpm, 35,7 mkgf a 3.600 rpm
Câmbioautomático, CVT, 8 marchas, 4×4
SuspensãoMcPherson (dianteiro) e braços duplos oscilantes (traseiro)
Freiosdisco ventilado (dianteiro e traseiro)
Direçãoelétrica; diâmetro de giro, 11,4 m
Rodas e pneusliga leve, 225/55 R18
Dimensõescomprimento, 459,5 cm; largura, 179,5 cm; altura, 173,5 cm;
entre-eixos, 264 cm; peso, 1.502 kg;
peso/potência, 6,3 kg/cv; peso/torque, 42,1 kg/mkgf; tanque, 60 l; porta-malas, 505 l
Geometriaângulo de ataque, 23º; ângulo de saída, 25º; vão livre, 22,5 cm; ângulo de rampa, 21º
Equipamentos4 airbags, X-Mode, Si-Drive, faróis bi-xenon, luzes de posição led, central multimídia, paddle shift, keyless, teto solar, bancos de couro, sistema de som e rodas de liga leve

Suzuki Jimny 1.3 4Sport

Robusto, Jimny é um típico off-road de raiz
(Christian Castanho/Quatro Rodas)
Na terceira geração (a primeira é de 1970), o Jimny continua com a mesma receita. Seu design é clássico, assim como o do Jeep Wrangler e o Land Rover Defender, dois ícones do universo off-road. E ele ainda usa chassi de longarinas e suspensões de eixo rígido – a mesma base dos SUVs dos anos de 1990, que eram derivados de picapes. A lista de equipamentos é igualmente básica: trio elétrico, ar-condicionado, banco bipartido, faróis de neblina, snorkel, rodas de liga leve e, os únicos itens com ares de modernidade, central multimídia e dispositivo de fixação de cadeirinhas Isofix.Com estilo frugal e construção robusta (tem chassi de longarinas), o Suzuki só não foi mais longe nas trilhas tortuosas do Haras Tuiuti porque seu 1.3 de 85 cv e 11,2 mkgf é fraco – até para um veículo que pesa só 1.090 kg como ele. Dependendo do desafio, porém, ele enfrentava a situação sem usar a tração integral – a transmissão pode atuar em 4×2, 4×4 e 4×4 reduzida.Os ângulos de entrada (41o) e saída (44o) são os maiores do grupo e as suspensões com cursos longos ajudaram a vencer os obstáculos sem drama. O espaço interno é apertado para quatro pessoas e o porta-malas, de 113 litros, exíguo. Mas a ele não falta coragem para enfrentar as adversidades off-road: na trilha, o Jimny é imbatível.


Teste de pista (com gasolina)

Jimny 1.3 4Sport
Aceleração de 0 a 100 km/h14,6 s
Aceleração de 0 a 1.000 m36,3 s
Retomada de 40 a 80 km/h 9,8 s
Retomada de 60 a 100 km/h (em 4ª)15,3 s
Retomada de 80 a 120 km/h (em 5ª)23,6 s
Frenagem de 60 / 80 / 120 km/h a 0 em m22,3/36,8/75,6
Consumo urbano e rodoviárion/d

Ficha técnica

Jimny 1.3 4Sport
PreçoR$ 76.690
Motorgasolina, diant., long., 4 cilindros 16V 1.328 cm³, 78 x 69,5 mm, 85 cv a 6.000 rpm, 11,2 mkgf a 4.100 rpm
Câmbiomanual, 5 marchas 4×2, 4×4, 4×4 reduzida
Suspensãoeixo rígido (dianteiro e traseiro)
Freiosdisco sólido (dianteiro) e tambor (traseiro)
Direçãohidráulica; diâmetro de giro, 9,8 m
Rodas e pneusliga leve, 205/70 R15
Dimensõescomprimento, 364,5 cm; largura, 170,5 cm; altura, 160 cm;
entre-eixos, 225 cm; peso, 1.090 kg;
peso/potência, 12,8 kg/cv; peso/torque, 97,3 kg/mkgf; tanque, 40 l; porta-malas, 113 l
Geometriaângulo de ataque, 41º; ângulo de saída, 44º; vão livre, 20 cm; ângulo de rampa, 32º
Equipamentosduplo airbag, ABS, central multimídia, sistema de som, ar-condicionado, faróis de neblina, trio elétrico, snorkel, rodas de liga leve e banco traseiro bipartido

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