(Christian Castanho/Quatro Rodas) |
REPORTAGEM DA REVISTA QUATRO-RODAS...
Uma das vantagens de um SUV com tração nas quatro rodas é poder ir aonde
os automóveis comuns não chegam. Essa versatilidade, porém, não é a mesma para
todos os SUVs 4×4. No que diz respeito à transmissão, há
importantes diferenças entre os diversos tipos de sistemas de tração
disponíveis no mercado. Existem equipamentos que distribuem a força para as
rodas de forma automática, enquanto outros necessitam da intervenção do
motorista. Alguns sistemas possuem apenas um modo de uso, com relações de
marcha fixas, enquanto outros oferecem a opção de marchas com relações
reduzidas e até o bloqueio de diferencial, recursos desenvolvidos para vencer
obstáculos mais severos.
Forester. Trailblazer, EcoSport, Duster, Renegade e Jimny: opções para todos os espíritos aventureiros (Christian Castanho/Quatro Rodas) |
Além da
tração, outros fatores influenciam na afinidade dos SUVs com o uso off-road,
como a força do motor, o peso do veículo, a altura em relação ao solo e a
eficiência da suspensão, só para falar dos principais. Aqui, mostramos seis
utilitários esportivos que representam bem o segmento. Optamos por alinhar um
modelo por marca, com preços de até R$ 180.000. Reunimos Chevrolet Trailblazer,
Ford EcoSport, Jeep Renegade, Renault Duster, Subaru Forester e Suzuki Jimny. A
única marca que ficou de fora foi a Mitsubishi, que não cedeu um ASX 2.0 AWD
para nosso teste. Para avaliar a capacidade desses SUVs em situações fora de
estrada, levamos todos para o campo de provas Haras Tuiuti, em Tuiuti (SP), que
possui pistas de terra com diferentes tipos de obstáculos e com diversos graus
de severidade. Veja a seguir como eles se comportaram na terra – além dos dados
técnicos e dos números de desempenho no asfalto (em nossa pista de testes),
onde esses veículos rodam a maior parte do tempo.
Chevrolet Trailblazer 3.6 V6 LTZ
A versatilidade da suspensão foi útil nas trilhas (Christian Castanho/Quatro Rodas) |
Dono de visual e acabamento luxuoso e rodar macio, o Trailblazer surpreende pela
desenvoltura nos terrenos acidentados e a principal razão para isso é seu motor
3.6 V6, com 279 cv de potência e 35,7 mkgf de torque, capaz de superar qualquer
obstáculo sem jogar a toalha. Bem equipado, ele é o mais caro dos SUVs
mostrados aqui, mas também é o único com recursos como alerta de pontos cegos,
detector de mudança involuntária de faixa e sistema de partida remota e
monitoramento On Star. Sua transmissão (com
câmbio automático de seis marchas) oferece as opções 4×2, 4×4 e 4×4 reduzida.
Mas no test drive no Haras Tuiuti quase não precisamos da tração integral. Na maioria das vezes,
o modo 4×2 (tração traseira) assegurou o movimento. Optamos pelo modo 4×4
apenas nas rampas mais acentuadas. A suspensão do Trailblazer também se mostrou
competente, com seu curso longo que deixa as rodas em contato com o piso na
maioria das situações. Robusto (só ele e o
Jimny têm chassi de longarinas), o Trailblazer se destacou ainda por ter um dos
melhores ângulos de entrada e de saída e uma das maiores distâncias do solo. No teste de consumo, o Trailblazer obteve as piores médias entre todos
os SUVs, mas é excelente na terra. É quase um Jimny com muita potência.
A escolha de tração ocorre por meio de seletor no console (Christian Castanho/Quatro Rodas) |
Ele tem visual luxuoso, cabine é confortável e a lista de equipamentos, completa (Christian Castanho/Quatro Rodas) |
Teste de pista (com diesel)
Trailblazer 3.6 V6 LTZ | |
Aceleração de 0 a 100 km/h | 9,1 s |
Aceleração de 0 a 1.000 m | 30,5 s |
Retomada de 40 a 80 km/h | 4,2 s |
Retomada de 60 a 100 km/h (em 4ª) | 6,4 s |
Retomada de 80 a 120 km/h (em 5ª) | 7,8 s |
Frenagem de 60 / 80 / 120 km/h a 0 em m | 14,9/25,7/56,9 |
Consumo urbano e rodoviário | 7,1 km/l e 9,6 km/l |
Ficha técnica
Trailblazer 3.6 V6 LTZ | |
Preço | R$ 173.990 |
Motor | gasolina, diant., long., V6, 3.564 cm³, 94 x 85,6 mm, 32V, 279 cv a 6.400 rpm, 35,7 mkgf a 3.700 rpm |
Câmbio | automático, 6 marchas, 4×2, 4×4, 4×4 reduzida |
Suspensão | braços articulados (dianteiro)/ 5 link (traseiro) |
Freios | disco ventilado (dianteiro e traseiro) |
Direção | elétrica; diâmetro de giro, 11,8 m |
Rodas e pneus | liga leve, 265/60 R18 |
Dimensões | comprimento, 488,7 cm; altura, 184,4 cm; largura 190,2 cm; entre-eixos, 284,5 cm; peso, 2.106 kg; peso/potência, 7,5 kg/cv; peso/torque, 59 kg/mkgf; tanque, 76 l; porta-malas, 554 l |
Geometria | ângulo de ataque, 30º; ângulo de saída, 27º; vão livre, 23 cm; ângulo de rampa, 23º |
Equipamentos | 6 airbags, sensor de pressão dos pneus, alerta de marcha a ré, alerta de mudança involuntária de faixa, alerta de ponto cego, central multimídia e On Star |
Ford EcoSport 2.0 Storm
Em alguns trechos, a parte inferior do carro raspa o solo (Christian Castanho/Quatro Rodas) |
O mais novo
4x4 do mercado é um modelo sem ambições aventureiras. O sinal mais claro desse
desprendimento são seus pneus para uso 100% urbano. A tração do EcoSport é do
tipo 4×4 sob demanda. Ela distribui a força para as rodas conforme as condições
de aderência. E não possui opções de uso 4×2 e 4×4, e muito menos 4×4 reduzida.
Aliás, no console não há nenhum comando ou indicação de que o carro tem tração
4×4. O sistema da Ford trabalha prioritariamente no modo 4×2, dianteiro. O 4×4
só entra em ação quando necessário: como por exemplo quando uma das rodas perde
aderência, em razão das condições do piso ou da trajetória. A lista de
equipamentos inclui central multimídia, assistente de partidas em rampas,
faróis de xenônio e teto solar elétrico. A suspensão poderia ter mais de
mobilidade e altura, para evitar raspões na parte inferior do carro no fora de
estrada. Mas se a Ford não quis adotar pneus de uso misto também não haveria de
querer alterar a geometria do carro. Apesar de não ser tão robusto, o Eco é bem
melhor do que parece no off-road. Ao final do teste, cumpriu todo o trajeto sem
negar fogo, em parte pelo peso baixo e entre-eixos curto. Nem os pneus 100%
asfalto atrapalharam o desempenho ao atravessar o tanque de lama.
Teste de pista (com gasolina)
EcoSport 2.0 Storm | |
Aceleração de 0 a 100 km/h | 11,7 s |
Aceleração de 0 a 1.000 m | 33,5 s |
Retomada de 40 a 80 km/h | 5 s |
Retomada de 60 a 100 km/h (em 4ª) | 6,4 s |
Retomada de 80 a 120 km/h (em 5ª) | 8,4 s |
Frenagem de 60 / 80 / 120 km/h a 0 em m | 15,4/28/63,8 |
Consumo urbano e rodoviário | 9,3 km/l e 12,5 km/l |
Ficha técnica
EcoSport 2.0 Storm | |
Preço | R$ 99.990 |
Motor | flex, diant., transversal, 4 cilindros, 1.999 cm³, 87,5 x 83,1 mm, 16V, 176/170 cv a 6.500 rpm, 22,5/20,6 mkgf a 4.500 rpm |
Câmbio | automático, 6 marchas, 4×4 sob demanda |
Suspensão | McPherson (dianteiro) e multibraço (traseiro) |
Freios | disco ventilado (dianteiro) e tambor (traseiro) |
Direção | elétrica; diâmetro de giro, 10,6 m |
Rodas e pneus | liga leve, 205/50 R17 |
Dimensões | comprimento, 426,9 cm; largura, 176,5 cm; altura, 169,3 cm; entre-eixos, 251,9 cm; peso, 1.469 kg; peso/potência, 8,3/8,6 kg/cv; peso/torque, 65,3/71,3 kg/mkgf; tanque, 52 l; porta-malas, 356 l |
Geometria | ângulo de ataque, 24º; ângulo de saída, 28º; vão livre, 20 cm; ângulo de rampa, 19º |
Equipamentos | 7 airbags, assistente de partida em rampa, central multimídia, sensor de pressão dos pneus e GPS |
Jeep Renegade Custom 2.0
A versão Custom tem motor diesel e rodas de aço (Christian Castanho/Quatro Rodas) |
Com apenas
19,5 centímetros de altura em relação ao solo, o Jeep é o modelo mais baixo
entre os apresentados aqui, e esse ponto ficou evidente no campo de provas
quando, passando por um trecho irregular, sentimos a parte inferior do carro
raspar no piso. Tirando isso, o Renegade 2.0 diesel é o SUV 4×4 com mais
recursos. Sua transmissão é a mais completa entre as que equipam os modelos
apresentados aqui. Por um seletor, o sistema
deixa o motorista escolher o modo de funcionamento de acordo com as condições
de uso em quatro padrões: Auto, Snow, Sand e Mud (automático, neve, areia e
lama), quando o torque é fornecido sob demanda, e também possibilita o uso da
tração 4×4 reduzida e o bloqueio do diferencial. Esse seletor
permite ainda o acionamento do freio eletrônico em descidas acentuadas. Em
nossa avaliação, usamos todos esses recursos só para vê-los em funcionamento,
porque, de fato, o modo Auto já resolvia os problemas. O Renegade é o único dos
seis mostrados aqui com esse dispositivo, assim como o câmbio automático tem
nove marchas. Dentro da faixa de preço
considerada, o Jeep também é o único com motor diesel, o que lhe garante maior
autonomia. Tivesse um vão livre mais adequado, o Renegade seria perfeito para o
uso em terrenos acidentados.
Teste de pista (com diesel)
Renegade Custom 2.0 | |
Aceleração de 0 a 100 km/h | 11 s |
Aceleração de 0 a 1.000 m | 32,5 s |
Retomada de 40 a 80 km/h | 5 s |
Retomada de 60 a 100 km/h (em 4ª) | 6 s |
Retomada de 80 a 120 km/h (em 5ª) | 7,7 s |
Frenagem de 60 / 80 / 120 km/h a 0 em m | 15,9/28,6/67,6 |
Consumo urbano e rodoviário | 11,9 km/l e 14,5 km/l |
Ficha técnica
Renegade Custom 2.0 | |
Preço | R$ 110.290 |
Motor | diesel, diant., transversal, 4 cilindros, 1.956 cm³, 83 x 90,4 mm, 16V, 170 cv a 3.750 rpm, 35,7 mkgf a 1.750 rpm |
Câmbio | automático, 9 marchas, 4×2, 4×4, 4×4 reduzida |
Suspensão | McPherson (dianteiro e traseiro) |
Freios | disco ventilado (dianteiro) e disco sólido (traseiro) |
Direção | elétrica; diâmetro de giro, 10,8 m |
Rodas e pneus | aço, 215/65 R16 |
Dimensões | comprimento, 423,2 cm; largura, 179,8 cm; altura, 168,6 cm; entre-eixos, 257 cm; peso, 1.619 kg; peso/potência, 9,5 kg/cv; peso/torque, 45,4 kg/mkgf; tanque, 60 l; porta-malas, 273 l |
Geometria | ângulo de ataque, 30º; ângulo de saída, 32º; vão livre, 19,5 cm; ângulo de rampa, 21,5º |
Equipamentos | duplo airbags, ESP, BAS, assistente de freio em declives, piloto automático, limitador de velocidade, computador de bordo, faróis de neblina, Isofix e iluminação do porta-malas |
Renault Duster 2.0 Dynamique
O Duster tem bons ângulos de ataque e de saída (Christian Castanho/Quatro Rodas) |
O Renault possui boa geometria off-road (ângulos de entrada, saída, vão
livre e ângulo de rampa). Sua tração tem opções 4×2, 4×4 sob demanda e bloqueio
do diferencial. E, pesando 1.362 kg, ele é leve. Apesar dessas características, o Duster perdeu
mobilidade nas trilhas por conta do motor 2.0, que fraquejou quando era mais
necessário. Com 148/143 cv de
potência e 20,9/20,2 mkgf de torque, o Duster tem as piores relações
peso/potência e peso/torque, entre os apresentados aqui. Comparativamente, esse
déficit se verifica igualmente no asfalto, onde os carros também foram
testados. Por fim, ainda
analisando o comportamento do Duster nas trilhas, sua suspensão com pouco curso
também contribuiu para isso, anulando parte dos benefícios conseguidos pela boa
altura do carro em relação ao piso. O Duster é um dos SUVs 4×4 mais baratos de nosso
mercado. Só perde para o Jimny, que custa menos, mas é menos equipado e bem
menor. O Duster inclui
central multimídia, luzes diurnas, sistema de som, ar-condicionado, sensor de
estacionamento, trio elétrico e ESP. E leva cinco pessoas e 475 litros no
porta-malas. Duster é um dos SUVs 4×4 mais baratos de nosso
mercado. Só perde para o Jimny, que custa menos, mas é menos equipado e bem
menor. Duster inclui central multimídia, luzes
diurnas, sistema de som, ar-condicionado, sensor de estacionamento, trio
elétrico e ESP. E leva cinco pessoas e 475 litros no porta-malas.
Teste de pista (com gasolina)
Duster 2.0 Dynamique | |
Aceleração de 0 a 100 km/h | 11,7 s |
Aceleração de 0 a 1.000 m | 33,6 s |
Retomada de 40 a 80 km/h | 5,4 s |
Retomada de 60 a 100 km/h (em 4ª) | 8,3 s |
Retomada de 80 a 120 km/h (em 5ª) | 12,8 s |
Frenagem de 60 / 80 / 120 km/h a 0 em m | 17/30,6/68,6 |
Consumo urbano e rodoviário | 7,7 km/l e 11,4 km/l |
Ficha técnica
Duster 2.0 Dynamique | |
Preço | R$ 89.290 |
Motor | flex, diant., transversal, 4 cilindros, 1.998 cm³, 82,7 x 93 mm, 16V, 148/143 cv a 5.750 rpm, 20,9/20,2 mkgf a 4.000 rpm |
Câmbio | manual, 6 marchas, 4×2, 4×4 sob demanda, bloqueio do diferencial |
Suspensão | McPherson (dianteiro) e multibraço (traseiro) |
Freios | disco ventilado (dianteiro) e tambor (traseiro) |
Direção | elétrica-hidráulica; diâmetro de giro, 10,7 m |
Rodas e pneus | liga leve, 215/65 R16 |
Dimensões | comprimento, 432,9 cm; largura, 182,2 cm; altura, 168,3 cm; entre-eixos, 267,4 cm; peso, 1.362 kg; peso/potência, 9,2/9,5 kg/cv; peso/torque, 65,2/67,4 kg/mkgf; tanque, 50 l; porta-malas, 475 l |
Geometria | ângulo de ataque, 30º; ângulo de saída, 34,5º; vão livre, 21 cm; ângulo de rampa, 20º |
Equipamentos | duplo airbag, ESP, central multimídia, piloto automático, trio elétrico e câmera de ré |
Subaru Forester 2.0 XT Turbo
Forester tem tração integral e permanente (Christian Castanho/Quatro Rodas) |
Enquanto os
Jeep são sinônimo de 4×4 para todo tipo de terreno, os Subaru são referência
nos ralis de velocidade, em que os veículos percorrem estradas com topografia
próxima à de vias pavimentadas. Essa diferença de conceito ficou clara em nossa
avaliação. O sistema de tração da Subaru é integral e permanente. Ele distribui
o torque para as quatro rodas o tempo todo, variando a força de acordo com as
condições de aderência com o objetivo de garantir equilíbrio e estabilidade. A
Subaru se apoia nessa tecnologia e também nos motores de cilindros opostos, que
ajudam a baixar o centro de gravidade (CG). O Forester tem o sistema X-Mode,
que ajusta as respostas de motor, câmbio e freios, para o uso off-road.Em
contrapartida, para o desempenho esportivo no asfalto ele conta também com o
sistema Si-Drive, que permite alterar as relações de marcha fixadas
eletronicamente (câmbio CVT), e com um sistema de trocas no modo manual no
volante.Nas pistas do Haras Tuiuti, o Forester foi um dos que mais rasparam o
balanço dianteiro e a parte inferior no entre-eixos ao vencer os obstáculos.Já
no asfalto ele foi um dos que apresentaram melhor dirigibilidade e rendimento.
Em poucas palavras: apesar de ser um SUV 4×4, o Forester é um veículo urbano.
Teste de pista (com gasolina)
Forester 2.5 XT Turbo | |
Aceleração de 0 a 100 km/h | 8,4 s |
Aceleração de 0 a 1.000 m | 29,5 s |
Retomada de 40 a 80 km/h | 3,8 s |
Retomada de 60 a 100 km/h (em 4ª) | 4,6 s |
Retomada de 80 a 120 km/h (em 5ª) | 5,5 s |
Frenagem de 60 / 80 / 120 km/h a 0 em m | 16,8/28,5/69,7 |
Consumo urbano e rodoviário | 8,8 km/l e 10,3 km/l |
Ficha técnica
Forester 2.0 XT Turbo | |
Preço | R$ 159.600 |
Motor | gasolina, dianteiro, long., 4 cilindros opostos, 16V, 240 cv a 5.600 rpm, 35,7 mkgf a 3.600 rpm |
Câmbio | automático, CVT, 8 marchas, 4×4 |
Suspensão | McPherson (dianteiro) e braços duplos oscilantes (traseiro) |
Freios | disco ventilado (dianteiro e traseiro) |
Direção | elétrica; diâmetro de giro, 11,4 m |
Rodas e pneus | liga leve, 225/55 R18 |
Dimensões | comprimento, 459,5 cm; largura, 179,5 cm; altura, 173,5 cm; entre-eixos, 264 cm; peso, 1.502 kg; peso/potência, 6,3 kg/cv; peso/torque, 42,1 kg/mkgf; tanque, 60 l; porta-malas, 505 l |
Geometria | ângulo de ataque, 23º; ângulo de saída, 25º; vão livre, 22,5 cm; ângulo de rampa, 21º |
Equipamentos | 4 airbags, X-Mode, Si-Drive, faróis bi-xenon, luzes de posição led, central multimídia, paddle shift, keyless, teto solar, bancos de couro, sistema de som e rodas de liga leve |
Suzuki Jimny 1.3 4Sport
Robusto, Jimny é um típico off-road de raiz (Christian Castanho/Quatro Rodas) |
Na terceira
geração (a primeira é de 1970), o Jimny continua com a mesma receita. Seu
design é clássico, assim como o do Jeep Wrangler e
o Land Rover Defender,
dois ícones do universo off-road. E ele ainda usa chassi de longarinas e
suspensões de eixo rígido – a mesma base dos SUVs dos anos de 1990, que eram
derivados de picapes. A lista de equipamentos é igualmente básica: trio
elétrico, ar-condicionado, banco bipartido, faróis de neblina, snorkel, rodas
de liga leve e, os únicos itens com ares de modernidade, central multimídia e
dispositivo de fixação de cadeirinhas Isofix.Com estilo frugal e construção
robusta (tem chassi de longarinas), o Suzuki só não foi mais longe nas trilhas
tortuosas do Haras Tuiuti porque seu 1.3 de 85 cv e 11,2 mkgf é fraco – até
para um veículo que pesa só 1.090 kg como ele. Dependendo do desafio, porém, ele
enfrentava a situação sem usar a tração integral – a transmissão pode atuar em
4×2, 4×4 e 4×4 reduzida.Os ângulos de entrada (41o) e saída (44o) são os
maiores do grupo e as suspensões com cursos longos ajudaram a vencer os
obstáculos sem drama. O espaço interno é apertado
para quatro pessoas e o porta-malas, de 113 litros, exíguo. Mas a ele não falta
coragem para enfrentar as adversidades off-road: na trilha, o Jimny é imbatível.
Teste de pista (com gasolina)
Jimny 1.3 4Sport | |
Aceleração de 0 a 100 km/h | 14,6 s |
Aceleração de 0 a 1.000 m | 36,3 s |
Retomada de 40 a 80 km/h | 9,8 s |
Retomada de 60 a 100 km/h (em 4ª) | 15,3 s |
Retomada de 80 a 120 km/h (em 5ª) | 23,6 s |
Frenagem de 60 / 80 / 120 km/h a 0 em m | 22,3/36,8/75,6 |
Consumo urbano e rodoviário | n/d |
Ficha técnica
Jimny 1.3 4Sport | |
Preço | R$ 76.690 |
Motor | gasolina, diant., long., 4 cilindros 16V 1.328 cm³, 78 x 69,5 mm, 85 cv a 6.000 rpm, 11,2 mkgf a 4.100 rpm |
Câmbio | manual, 5 marchas 4×2, 4×4, 4×4 reduzida |
Suspensão | eixo rígido (dianteiro e traseiro) |
Freios | disco sólido (dianteiro) e tambor (traseiro) |
Direção | hidráulica; diâmetro de giro, 9,8 m |
Rodas e pneus | liga leve, 205/70 R15 |
Dimensões | comprimento, 364,5 cm; largura, 170,5 cm; altura, 160 cm; entre-eixos, 225 cm; peso, 1.090 kg; peso/potência, 12,8 kg/cv; peso/torque, 97,3 kg/mkgf; tanque, 40 l; porta-malas, 113 l |
Geometria | ângulo de ataque, 41º; ângulo de saída, 44º; vão livre, 20 cm; ângulo de rampa, 32º |
Equipamentos | duplo airbag, ABS, central multimídia, sistema de som, ar-condicionado, faróis de neblina, trio elétrico, snorkel, rodas de liga leve e banco traseiro bipartido |
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