sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Escort XR3, o esportivo que foi sonho de consumo no Brasil e hoje virou xodó para seus donos, que na maioria dos casos são colecionadores.

A década de 80 foi marcante sob vários aspectos. Vivemos o período da reabertura política, o rock and roll vivia uma nova fase com bandas como Para-lamas do Sucesso, Titãs e Ultraje a Rigor e o mundo acordava para a questão ambiental. No cenário automotivo nacional, muitas novidades. Uma delas foi a onda de esportivos que marcou presença em nosso mercado. Gol GT, Passat, Pointer e Uno 1.5 R faziam a cabeça da molecada. E um dos mais desejados era da Ford: o Escort XR3.
O estilo chamava atenção à distância, com os faróis auxiliares, saias laterais, teto-solar e os inéditos – no Brasil – esguichos de faróis. Como o Escort era um carro mundial a Ford resolveu apostar as fichas trazendo a versão mais nervosa. Porém por aqui ele recebeu o motor CHT de 1,6 litros, com 82 cv e 12,2 kgfm. Mesmo assim, o propulsor trazia diferenças na regulagem da carburação e comando de válvulas. Os primeiros 100 km/h eram cobertos em 13,4 segundos, enquanto a velocidade máxima era de 163 km/h.
Mas o grande diferencial era o status que o modelo proporcionava pelas ruas. Andar em um deles era sinônimo de riqueza e o modelo fazia muita gente torcer o pescoço. Volante de pequeno diâmetro e toca-fitas foram outros diferenciais.

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