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domingo, 27 de janeiro de 2013

FIAT-Abarth 131/031, Mirafiori 3500 Bertone. Uma verdadeira máquina no mundo do rally


Trata-se do FIAT-Abarth 131/031, Mirafiori 3500 Bertone (este Fiat tem nome e sobrenome). A história começa quando a Fiat resolve substituir o 124 Spider, e substituí-lo nas competições de rallye. Em 1975 a Fiat deu o start no programa, baseado no chassis 131 Mirafiori Special - chamado secretamente por SE031. Muitas modificações foram feitas (deixando o carro quadrado e mais feio que o 124 - a maior crítica era o arrasto da cara-chata do modelo, desenhado pela Casa Bertoni). No inverno de 1975 Giorgio Pianta e Bruno Scabin, fizeram o Giro d'Italia - primeira participação e primeira vitória, sobre as Lancias e os Porsches (principalmente sobre a Lancia - o Porsche foi um bonus). Sob o capô (aliás, capô e portas, eram todas de fibra) - para ocupar um espaço no Grupo 4 - havia um forte motor V6 IDF, com 2 Weber, gerando algo em torno de 270bhp a 6.800rpm (com rodas de aro 15" e pneus Pirelli - claro), atingindo 260kph na quinta marcha (aliás o câmbio ZF era do De Tomaso Pantera) - para parar este carro com 1.120 quilos: freios a disco nas 4 rodas ventilados! Na reta a forma encontrada foi colocar spoiler para um "effective airflow".

A saga do 131 começou em 1976, quando foram construídas 500 unidades necessárias para a homologação e inscrição no Grupo 4 (falam que estas unidades eram mal acabadas). Inscreveu-se 3 destes modelos no duro Rallye do Marrocos, sobre o patrocino do Olio Fiat, tendo como integrantes do Time: Markku Alen, Maurizio Verini e Fulvio Bacchelli - vamos resumir que esta participação não agradou a Casa Torinese.


Em 1977 - a Fiat começa a sorrir (com a preparação Abarth mais intensa), pois, vê o declínio da Lancia Stratos e a subida de rendimento de seus carros. A primeira vitória num rallye do circuito internacional acontece no Rallye de Portugal - que supera os Fords (agora, arque-inimigos da Fiat). Ficam em segundo na Nova Zelândia (mas na frente da Ford). Chega com sucesso no Canadá com Timo Salonen e Simo Lampinen (em primeiro e segundo respectivamente). No Rallye de Sanremo fazem a chamada "splendida tripletta Fiat", com Jean-Clode Andruet, Verini e Tony Fassina (no Tour de Corse a Fiat fica com o título de construtores, graças a performance de Bernard Darniche e Andruet).

Em 1978 novas cores decoram o 131 Abarth - são as famosas cores da Alitalia e entra para o Time o experiente piloto Walter Rohrl. Neste ano a primeira vitória chega em Portugal nas mãos de Alen - o ex-piloto da Lancia - Sandro Munari - é contratado para pilotar um 131. Como dizem os italianaos "all'Acropoli si registra una doppietta torinese", com Rohrl em primeiro e Alen em segundo. No duro Rallye dos Mil Lagos, Alen ganha com uma certa vantagem, seguido de Ari Vatanen - que pilotava - agora - um 131. A terceira doppietta chega no Rallye do Canadá, com Rohrl e Alen e mesmo se não houvesse a participação no rallye africano, a Fiat já era campeã por antecipação neste ano - na frente da Ford e da Opel (agora vocês entendem porque os fanáticos por esse carro, fizeram pressão para eu escrever esse artigo?) - no Tour de Corse: 4 carros classificaram-se do primeiro ao quinto lugar (participaram Darniche, Andruet, Munari - pela ordem do primeiro ao terceiro lugar, e a ex-piloto da Lancia Michèle Mouton ficou em quinto).


Em 1979 a Fiat anda mal das pernas - financeiramente falando - e diminui de forma drástica os investimentos no departamento de competições de rallye (Torino agora tinha 5 títulos mundiais: 3 com a Stratos e 2 com o 131). Agora a Stratos participa como time semi-oficial. Alen conquista o terceiro lugar em Monte Carlo e o primeiro sucesso do ano só acontece com Markku, nos 1000 Lakes. Ficam em segundo no Rallye de Sanremo.
Fonte: http://luiscezar.blogspot.com.br

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