A
construção da Fábrica Nacional de Motores (FNM) foi iniciada em 1940, no
governo de Getúlio Vargas, na cidade de Duque de Caxias-RJ, distrito de
Xerém. Ela foi idealizada pelo Brigadeiro Antônio Guedes Muniz, tendo
sido oficialmente fundada em 13/06/42, para a construção de motores
aeronáuticos, que seriam utilizados em aviões de treinamento militar. Era
a época da IIa. Guerra Mundial, e em troca da utilização de bases militares no
nordeste brasileiro, o governo norte americano deu incentivos financeiros
e assistência técnica, para a construção tanto da FNM, como da CSN
(Companhia Siderúrgica Nacional).
A
produção de fato começou apenas em 1946, quando o maquinário ficou pronto,
e pouquíssimas unidades de motores de avião chegaram a ser construídos pela FNM
pois, com o fim da guerra, os mesmos já estavam ultrapassados e se
tornaram obsoletos. Nesta época a FNM já era chamada de “cidade dos
motores”.
Inicia-se
então um período de reformulação, e como as excelentes máquinas importadas para
a fabricação daqueles motores facilmente se adaptavam a vários outros tipos de
produção, iniciou-se a fabricação de geladeiras, compressores, bicicletas,
tampinhas de garrafas e peças para trem, fazendo-se também serviços de revisão
de motores de avião. Isso até 1948.
No
começo de 1949 a FNM firmou contrato com a Italiana Isotta
Fraschini para a fabricação de um caminhão Diesel de 7,5 lt, inicialmente
apenas montado aqui, mas com projeto de nacionalização progressiva. Até o fim
daquele ano foram entregues 200 desses caminhões, denominados FNM IF-D-7300
para 7.500 kg. Mas já em 1950 a Isotta, que enfrentava dificuldades
financeiras em casa, veio a encerrar as suas atividades.
foto atual da fábrica, cuja estrutura foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional. |
A linha de montagem dos FNMs 180/210 e dos FIAT 130. |
Em
vista disso, pouco tempo depois (ainda em 1950) a FNM firmou um novo
acordo, com a também italiana Alfa Romeo, pelo qual seriam
fabricados os caminhões Alfa Romeo, e também chassis para ônibus, sob
licença da marca italiana. Os caminhões seriam denominados FNM-Alfa
Romeo D-9.500, e seriam equipados com motor de 130 CV, tendo uma capacidade de
carga de 8.100 kg (aumentada para 22.000 kg, se acoplado a uma carreta de
dois eixos). Já em 1951 começou a produção do FNM D-9,500, mas a sua
comercialização só se daria no início de 1952. Graças a suas
características de grande robustez, foi imediatamente muito bem aceito no
mercado. Além disso, era o único caminhão a possuir uma espaçosa cabine
leito dotada de duas camas, ideal para longas viagens, que então duravam
de semanas a meses.
Fabricando os carros modelo 2300. |
Já
em 1958 a FNM lançava o modelo D-11.000, com motor de 11 litros e potência de
150 CV, a qual seria aumentada para 175 CV em 1967. Em 21 de abril
de 1960, em comemoração à fundação de Brasília, a FNM lança o 1º automóvel da
sua linha, derivado do Alfa Romeo 2000, e denominado FNM JK.
Posteriormente ele seria substituído pelo modelo FNM 2150, e mais
tarde pelo Alfa Romeo 2300.
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Em 1968 a fábrica foi vendida para a Alfa Romeo italiana, numa das
primeiras privatizações do país;
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Em 1972, lançou os novos caminhões FNM 180 e 210, com 180 CV e
215 CV, respectivamente;
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Em 1973 a FIAT compra 43% das ações da Alfa Romeo, e em 1976 assume o total
controle acionário. A Fiat continuou produzindo os FNM 180 e 210
até 1979, quando os substituiu pelo FIAT 190;
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Em 1985, já administrada pela Iveco (empresa italiana do grupo FIAT) e com
o declínio acentuado na venda de caminhões, encerra as suas atividades no
Brasil.
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