O Toyota Bandeirante foi construído para durar longos anos
produzindo lucros para seu proprietário." A frase, que constava do manual
do proprietário, não chegou a ser desmentida pelos donos do carro, que tinha
fama de poder rodar 1 milhão de quilômetros sem abrir o motor. Seu nome
indicava que não havia tempo ruim - e muito menos caminho - que pudesse deter o
utilitário. Bem antes de ser feito no Brasil, o jipe já era conhecido nosso. Os
primeiros chegaram no início dos anos 50, importados e montados pela Alpagral.
No início de 1958, a Toyota do Brasil assumiu a montagem em CKD dos Land
Cruiser, nome pelo qual seus jipes eram conhecidos no mundo. Naquela fase, o
motor era um seis-cilindros a gasolina, substituído três anos depois pelo
diesel Mercedes-Benz OM-324. Em maio de 1962, já batizado como Bandeirante,
passou a ser fabricado no Brasil.
O Bandeirante impressionava pelo porte maior que o do jipe
Willys e pela austeridade de suas linhas. Era força em estado puro. Das quatro
marchas, em condições normais o motorista só utilizava três, sendo que apenas
duas eram sincronizadas (a terceira e a quarta). A primeira, curtíssima
(5,41:1), concede ao jipe a força de um cabeludo Sansão, mas é perda de tempo
na hora de embalar o veículo. Na prova de aceleração, parte do teste publicado
na edição de setembro de 1978, a primeira marcha foi descartada ao longo dos
29,7 segundos gastos para sair da imobilidade e atingir os 100 km/h. A
velocidade máxima manteve a coerência e não passou dos 107 km/h.
A produção da carroceria, terceirizada, era feita na
Brasinca, até 1968. O teto de lona era opcional, assim como a capota de aço,
vendida a partir de 1963, semelhante à do modelo acima, um Bandeirante 1979 que
estava à venda no mês de abril na Jardineira, tradicional loja paulista
especializada em veículos antigos. Também em 1963 foi iniciada a produção da
versão picape. Certas características, inaceitáveis em outras categorias,
não chegam a tirar pontos do Bandeirante. Depois de escalada a cabina e
acionado o motor, os ocupantes eram recebidos com "aquela" vibração
pelo diesel. A folga na direção vinha de "série", ao contrário do
isolamento acústico: passageiros sacolejavam involuntariamente ao ritmo da
batida tecno do motor. Mas ninguém podia reclamar. Que não se esperassem mesuras
dele: bastava olhar sua cara para entender seu caráter.
Ao volante do modelo 1979, a sensação é semelhante à de
pilotar um antigo caminhão: do ruído funcional à rudeza da suspensão, ele está
mais para um cargueiro que para um automóvel. Mas engana-se quem acha que o
jipe seja difícil ou desagradável de conduzir. Seu câmbio é preciso e os pedais
são macios. Apenas o comando do freio
- a tambor nas quatro rodas, sem servo - desempenha sob pressão. A adoção de
discos nas rodas dianteiras só viria na terceira idade do jipe, em meados dos
anos 90.
Em 1994, o Bandeirante voltou às origens e recebeu um motor
Toyota importado, uma evolução em relação ao OM-364, adotado desde o fim da
década de 80. Mais potente que o Mercedes-Benz (96 cavalos a 3400 rpm, ante 90
cavalos a 2800 rpm), a mudança não chegou a ser aplaudida por todos os
toyoteiros; muitos trocariam de bom grado os 6 cavalos a mais e a maior
suavidade de funcionamento pela durabilidade e facilidade de manutenção do
velho MB, que contava com o apoio da rede de concessionárias da marca. Isso sem
falar no torque abundante em baixa rotação do motor nacional.
O câmbio foi
alterado em 1980. Com uma segunda mais longa, a primeira passou a ser
incorporada no uso urbano do utilitário, que ganhou também uma caixa de
transferência, à semelhança do concorrente Willys. Mais de quatro décadas não provocaram mudanças
significativas no Bandeirante. O conservadorismo pode ser explicado por sua boa
aceitação no mercado - pretendentes chegavam a enfrentar meses de fila. Algumas
poucas concessões foram opções de chassis mais longos, além de leves
alterações, tanto estéticas como mecânicas. Mas nada que mudasse
significativamente o projeto original. Em 43 anos foram produzidas 103750 unidades, sem contar os
Toyota que foram montados em sistema CKD, que não somaram 1000 exemplares.
Fonte: http://quatrorodas.abril.com.br
bomm!! super maquina, resistente, mecanica excelente!!
ResponderExcluirConcordo plenamente com você... Se você tiver sugestões de carros ou uma história pessoal ou de alguém que você conhece sobre carros, entre em contato comigo... lecco29@gmail.com... lecco29@hotmail.com... Zap 88 98856-4011... Abraços!!!
Excluirsou apaixonado
ResponderExcluirmas ainda não consegui comprar o meu
Somos dois então amigo... Se você tiver sugestões de carros ou uma história pessoal ou de alguém que você conhece sobre carros, entre em contato comigo... lecco29@gmail.com... lecco29@hotmail.com... Zap 88 98856-4011... Abraços!!!
Excluirja estou na terceira e não deixo de andar na minha, uso diariamente ja acostumei com o barulho gostoso do motor.
ResponderExcluirInveja branca de você meu amigo...
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