terça-feira, 15 de agosto de 2017

Comparativo: os sedãs médios esquecidos pelo mercado Mitsubishi Lancer, Kia Cerato, Citroën C4 Lounge, Peugeot 408, Hyundai Elantra, Nissan Sentra, Ford Focus e VW Jetta: qual é o melhor?

PARTE 02





Toda vez que alguém pensa em um sedã médio, é grande a chance de se lembrar do trio Corolla, Civic e Cruze, que são de longe os mais vendidos. Observando o segmento, porém, é possível encontrar outras ofertas. Aqui, reunimos oito modelos que alcançam volumes de vendas bem mais modestos que os líderes, mas possuem atributos tão ou mais interessantes. A primeira vantagem desse grupo é custar menos que o trio Best-Seller. O Jetta 1.4 TSI, por exemplo, que é o mais caro do grupo, custa menos que a opção mais simples do Cruze, a 1.4 T LT, a mais barata entre as versões básicas dos líderes. O VW custa R$ 86.431, enquanto o Chevrolet sai por R$ 91.890. Neste comparativo, alinhamos as versões automáticas respeitando o limite de R$ 90.000 – é por isso que o Renault Fluence, a partir de R$ 99.350, ficou de fora. E não estranhe se os carros mostrados aqui não forem exatamente das versões consideradas, já que algumas montadoras não dispunham do modelo analisado para a sessão de fotos.

8° – Mitsubishi Lancer HL 2.0

A versão da foto é a GT: o HL não tem teto solar nem rodas aro 18

Levando em conta o preço, o Lancer é a primeira opção que surge, junto com o Kia Cerato. Ele custa R$ 79.990, enquanto os outros (com exceção do Cerato, tabelado com o mesmo preço) estão acima R$ 80.000. Além disso, o Lancer tem atributos como o motor 2.0 de 160 cv (um dos mais potentes do segmento) e 20,1 mkgf, o câmbio CVT de seis marchas virtuais, que permite trocas pelo volante e opção de modo sport, e a suspensão multilink atrás. Essas qualidades, porém, perdem força quando se analisa os custos de propriedade e o rendimento na pista. Seu seguro é caro: R $ 6.618 ou 9,3% do valor de tabela. E, na pista, o Mitsubishi ficou com as piores médias de consumo. Fez 8,3 km/l na cidade e 12,6 km/l na estrada, enquanto o Elantra 2.0, por exemplo, conseguiu as médias de 11,5 km/l e 15,5 km/l, respectivamente. O Lancer perde pontos também por ser o projeto mais antigo do comparativo. Seu design já não parece tão agressivo quanto na estreia, em 2012.
Volante multifuncional com padde shifts é de série

Sua direção é hidráulica (tecnologia que está caindo em desuso) e, entre os equipamentos, sente-se falta de coisas como navegador GPS, sensor de estacionamento, Isofix e ESP.

Teste de pista (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h:  10,6 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 (segundos/km/h): 32 s/165,6
  • Velocidade máxima: 198 km/h
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 4,7 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 5,7 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 7,5 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 17,4 / 29,6 / 70,3 m
  • Consumo urbano: 8,3 km/l
  • Consumo rodoviário: 12,6 km/l
  • Ruído PM/1° em máx.: 40,3/71,8 dB
  • Ruído a 80 km/h/120 km/h: 60,9/69,5 dB

Ficha técnica

  • Preço: R$ 79.990
  • Motor: gasolina, dianteiro transversal. 4 cil. em linha, 16V, DOHC, 1.998 cm³, 86 x 86 mm, 10:1, 160 cv a 6.000 rpm, 20,1 mkgf a 4.200 rpm 
  • Câmbio: automático, CVT, 6 marchas, dianteiro
  • Suspensão: McPherson (diant.), multilink (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.), sólidos (tras.)
  • Direção: hidráulica, 3,2 voltas entre batentes; diâmetro de giro, 10,4 m
  • Rodas e pneus: 205/60 R16
  • Dimensões: comprimento, 457 cm, largura, 176,5 cm; alt., 149; entre-eixos, 263,5 cm. Porta-malas, 348 l; tanque de combustível, 59 l; peso, 1.375 kg; peso/potência, 8,6 kg/cv; peso/torque, 68,4 kg/mkgf
  • Garantia/assistência 24h: 3 anos/1 ano
  • Revisões (três primeiras): R$ 1.351
  • Seguro: R$ 6.618

7° – Kia Cerato 1.6

Kia: acabamento bem cuidado e troca de marchas no volante

O Cerato é bem servido de equipamentos. Ele traz seletor de modos de condução, luzes diurnas de led, sensor crepuscular e de estacionamento, piloto automático e ar-condicionado dual zone. Falta, porém, ESP. Seu câmbio automático tem seis marchas e trocas no modo manual no volante, mas o motor 1.6 16V flex com 128 cv e até 16,5 mkgf a tardios 4.500 rpm é o mais fraco do comparativo. Na pista, ele ficou entre os mais econômicos, com 12,1 km/l, na cidade, e 15,1 km/l, na estrada. Mas foi também o menos rápido, com 12,6 segundos, nas provas de 0 a 100 km/h. As notas positivas vão para o nível de ruído, o mais baixo do comparativo em todas a condições de medição, e para a sensação de solidez ao dirigir. Ambas são resultado de uma nítida qualidade de construção. O Kia chegou em 2010 e passou por uma reestilização este ano. Mas as mudanças não foram suficientes para rejuvenescer seu estilo, especialmente na cabine.
Volante multifuncional é de série, mas faz falta um sistema multimídia

A garantia de fábrica, de cinco anos, é digna de aplausos, porém a Kia não oferece serviços de assistência 24h e seu seguro é o mais caro de todos: R$ 7.568 ou 9,5% do preço de tabela, segundo cotação da corretora Bidu (bidu.com.br), para um perfil de cliente padronizado. Na soma de prós e contras, ele conquista o sétimo lugar do comparativo.

Teste de pista (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h:  12,9 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 (segundos/km/h): 34,1 s/155,6
  • Velocidade máxima: 180 km/h
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 5,8 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 7 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 9,7 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 18,6 / 30,6 / 68,1 m
  • Consumo urbano: 12,1 km/l
  • Consumo rodoviário: 15,1 km/l
  • Ruído PM/1° em máx.: 36,6/69,6 dB
  • Ruído a 80 km/h/120 km/h: 60,3/66,2 dB

Ficha técnica

  • Preço: R$ 79.990
  • Motor: flex, diant. transv. 4 cil., 16V, DOHC, 1.591 cm³, 77 x 85,4 mm, 12:1, 128/122 cv a 6.000 rpm, 16,5/16 mkgf a 4.500/5.000 rpm
  • Câmbio: automático, 6 marchas, dianteiro
  • Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.), sólidos (tras.)
  • Direção: elétrica, 3 voltas entre batentes; diâmetro de giro, 10,4 m
  • Rodas e pneus: 205/60 R16
  • Dimensões: comprimento, 456 cm; largura, 178 cm; altura, 144,5 cm; entre-eixos, 270 cm. Porta-malas, 421 l; tanque de combustível, 50 l; peso, 1.310 kg; peso/potência 10,2/10,7 kg/cv; peso/torque, 79,4/81,9 kg/mkgf
  • Garantia: 5 anos
  • Revisões (três primeiras): R$ 1.410
  • Seguro: R$ 7.568

6° – Citroën C4 Lounge 1.6 THP Origine

No porta-malas cabem 450 litros. Direção tem assistência elétrica

Equipado com o motor 1.6 THP de 173 cv, com turbo e injeção direta, o C4 superou os outros nas provas de desempenho. Ele foi mais rápido nas acelerações de 0 a 100 km/h, com o tempo de 9,2 km/h, e nas retomadas de 60 a 100 km/h, com 4,9 segundos. A conta, porém, veio nas medições de consumo em que ele ficou com as médias de 8,5 km/l, na cidade, e 14,3 km/l. O C4 é flex, mas todos os sedãs rodaram com gasolina nos testes de pista para este comparativo. No que diz respeito ao custo de propriedade, além do consumo, o C4 também pesa no bolso, na hora do seguro. Ele está entre os mais caros: R$ 7.496 ou 8,8% do preço de tabela.
Acabamento é esmerado e os plásticos são de boa qualidade;
 ar digital e central touchscreen não fazem parte da versão Origine

Nem tudo é ruim no pós-venda do C4, no entanto. A Citroën tem um plano de revisões com preço fixo de R$ 1/dia, o que, ao final de três anos, resulta em R$ 1.095, o menor valor para as três primeiras revisões, consideradas no comparativo. No final das contas, o C4 termina em sexto lugar, porque fica devendo conteúdo. Na versão Origine automática, ele traz controle de velocidade, ESP, hill assist e saídas de ar-condicionado para o banco traseiro. Mas não oferece luzes de LED diurnas, chave keyless, sensor de chuva, sensor de estacionamento (ou câmera) e sensor crepuscular, entre outros itens.

Teste de pista (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h:  9,2 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 (segundos/km/h): 30,4 s/174,3
  • Velocidade máxima: 215 km/h
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 4,1 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 4,9 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 6,3 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 15,5 / 27,2 / 64,2 m
  • Consumo urbano: 8,5 km/l
  • Consumo rodoviário: 14,3 km/l
  • Ruído PM/1° em máx.: 40,7/69 dB
  • Ruído a 80 km/h/120 km/h: 62,1/68,7 dB

Ficha técnica

  • Preço: R$ 84.990
  • Motor: flex, diant. transv. 4 cil., 16V, DOHC, injeção direta, turbocompressor, 1.598 cm³, 77 x 85,8 mm, 10,2:1, 173/166 cv a 5.000 rpm, 24,5 mkgf a 1.400 rpm
  • Câmbio: automático, 6 marchas, dianteiro
  • Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.), sólidos (tras.)
  • Direção: eletro-hidráulica, 3 voltas entre batentes; diâmetro de giro, 11,1 m
  • Rodas e pneus: 225/45 R17
  • Dimensões: compr., 462,1 cm, larg., 178,9 cm; alt., 150,5 cm; entre-eixos, 271 cm. Porta-malas, 450 l; tanque de combustível, 60 l; peso, 1.512 kg; peso/potência, 8,7/9,1 kg/cv; peso/torque, 61,7 kg/mkgf
  • Garantia/assistência 24h: 3 anos/2 anos
  • Revisões (três primeiras): R$ 1.095
  • Seguro: R$ 7.496
5° – Peugeot 408 1.6 THP Business

Motor THP e câmbio com trocas no volante deram novo ânimo ao 408

Lançado em 2010 e reestilizado em 2014, o 408 já está visualmente desatualizado. Apesar disso, ele recebeu importantes melhorias ao longo dos anos, o que o faz chegar aqui no quinto lugar. Em 2012, o 408 ganhou o motor 1.6 THP (o mesmo do C4), acompanhado do câmbio automático com trocas manuais no volante, recurso ausente no Citroën – o C4 só faz trocas na alavanca. Na pista de testes, ele repetiu o rendimento do C4, com ligeira melhora nos ensaios de consumo urbano e foi o melhor dos sedãs nas provas de frenagem de 80 a 0 km/h, com a marca de 26 metros. Bem equipado, o 408 traz luzes diurnas de LED, sensor de estacionamento, piloto automático e ar-condicionado com saídas na traseira. No pós-venda, ele tem três anos de garantia, com cobertura do Peugeot Assistance, durante o mesmo período, e serviços de reboque durante oito anos.
Cabine sente bastante a idade do projeto; controles
multifuncionais ficam atrás do volante

O seguro é dos mais baratos: R$ 6.270 ou 7,3% do preço sugerido pela fábrica, segundo nosso levantamento. Mas as despesas com as três primeiras revisões ( R$ 1.764) são as mais caras entre as apuradas.

Teste de pista (com gasolina)

  • Aceleração de 0 a 100 km/h:  9,4 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 (segundos/km/h): 30,6 s/172,3
  • Velocidade máxima: 215 km/h
  • Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 4,1 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 5 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 6,4 s
  • Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 14,9 / 26 / 59,5 m
  • Consumo urbano: 9,9 km/l
  • Consumo rodoviário: 14,2 km/l
  • Ruído PM/1° em máx.: 37,6/69,9 dB
  • Ruído a 80 km/h/120 km/h: 60,8/68 dB

Ficha técnica

  • Preço: R$ 85.990
  • Motor: flex, diant. transv. 4 cil., 16V, DOHC, injeção direta, turbocompressor, 1.598 cm³, 77 x 85,8 mm, 10,2:1, 173/166 cv a 5.000 rpm, 24,5 mkgf a 1.400 rpm
  • Câmbio: automático, 6 marchas, dianteiro
  • Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
  • Freios: discos ventilados (diant.), sólidos (tras.)
  • Direção: eletro-hidráulica, 3 voltas entre batentes; diâmetro de giro, 11,1 m
  • Rodas e pneus: 225/45 R17
  • Dimensões: comprimento, 468,1 cm, largura, 182 cm; alt., 151,4; entre-eixos, 271 cm. Porta-malas, 526 l; tanque de comb., 60 l; peso, 1.415 kg; peso/potência, 8,2/8,5 kg/cv; peso/torque, 57,8 kg/mkgf
  • Garantia/assistência 24h: 3 anos/3 anos
  • Revisões (três primeiras): R$ 1.764
  • Seguro: R$ 6.270

Fonte:http://quatrorodas.abril.com.br/testes/comparativo

Nenhum comentário:

Postar um comentário