terça-feira, 11 de junho de 2013

CORCEL II: A SEGUNDA GERAÇÃO DO CARRO DE MAIOR SUCESSO DA FORD NOS ANOS 70 (MATÉRIA DA REVISTA QUATRO-RODAS))

A chegada do Passat, em 1974, expôs de forma dramática a idade do Corcel. Outrora arauto da modernidade, o carro da Ford, lançado em 1968, já entrava na terceira idade e era mantido praticamente com as formas de nascença.


O alarme começou a soar de forma estridente no QG da Ford, em São Bernardo do Campo, ainda no ano anterior, quando o Passat foi apresentado na Alemanha. Não demorou para que uma fila de ávidos compradores se formasse, atraídos pelo VW refrigerado a água de linhas retas e inovadoras. A espera chegava a ser de três meses pelo carro. Com data para ser lançado aqui no ano seguinte, o sucesso do Passat alemão não poderia ser sinal mais claro para que a Ford acelerasse a atualização de seu projeto vencedor. Até então, o Corcel não havia sido ameaçado por outro carro da fábrica líder de vendas no mercado nacional. Afinal, não seria o TL a ter cacife para afrontar o Corcel.


A resposta da Ford demoraria três anos e chegou nas formas retilíneas do Corcel II. No visual, ele representava uma ruptura radical em relação ao modelo original. Mas sua chegada não chegou a impressionar pela beleza das linhas ou pelo desempenho. A própria campanha de lançamento frisava tratar-se de um carro econômico, espaçoso e racional. Segundo o folder de 12 páginas publicado nas principais revistas, seu desenho, traçado em túnel de vento, tinha por objetivo evitar ao máximo a resistência do ar, proporcionando maior economia, apelo forte em tempos de crise do fim dos anos 70.


Dentre as escassas modificações mecânicas ele trazia como opcional a ventoinha com embreagem eletromagnética, sistema que acopla a hélice do ventilador à polia da bomba d'água, no momento em que a temperatura atinge 92 graus Celsius. Aos 87 graus, o sistema desliga-se, aliviando o trabalho do motor, que assim pode empregar os 4 cavalos que seriam usados para movimentar o ventilador para impulsionar o carro. Graças ao dispositivo e à melhor aerodinâmica, o Corcel II atingia 137 km/h - ante os 130 do modelo 1977 - com o velho motor 1.4. Na aceleração o ganho foi igualmente relevante: enquanto o novo Corcel precisou de apenas 20,8 segundos para atingir os 100 km/h, o antigo levou 22,9 segundos. A média de consumo ficou em módicos 12,7 km/l. Com tamanho externo praticamente inalterado, o novo Corcel tinha arquitetura interna superior, fato testemunhado pelas pernas dos passageiros de trás, que contavam com 30 centímetros entre os bancos, mesmo que o dianteiro estivesse totalmente recuado para trás. No fim de 1978 a Ford atendeu o mercado e lançou como opcional o motor 1.6 com 90 cavalos, 28 a mais que o 1.4. Junto com o novo motor veio, também como opcional, o câmbio de cinco marchas.


O bom acabamento dos Ford vivia seus tempos dourados, como se pode ver pelas fotos do modelo 1.6 ano 1980 do médico Sérgio Minervini, versão LDO, top de linha. Havia também o L, mais simples, e o "esportivo" GT. O carro chama atenção pelo revestimento interno monocromático e pelo acabamento cuidadoso. O modelo é da primeira safra dos Corcel a álcool, carro que viria a se tornar referência no uso desse combustível tanto pelo funcionamento confiável como pelo baixo consumo e performance. O Corcel era o único a ter um sistema de partida a frio acionada automaticamente. Nos outros carros era necessário acionar a bomba manualmente. 

O bom acabamento dos Ford vivia seus tempos dourados, como se pode ver pelas fotos do modelo 1.6 ano 1980 do médico Sérgio Minervini, versão LDO, top de linha. Havia também o L, mais simples, e o "esportivo" GT. O carro chama atenção pelo revestimento interno monocromático e pelo acabamento cuidadoso. O modelo é da primeira safra dos Corcel a álcool, carro que viria a se tornar referência no uso desse combustível tanto pelo funcionamento confiável como pelo baixo consumo e performance. O Corcel era o único a ter um sistema de partida a frio acionada automaticamente. Nos outros carros era necessário acionar a bomba manualmente. 


Na edição de novembro de 1980, QUATRO RODAS publicou um comparativo entre as versões gasolina e álcool. No teste de consumo, os números da média ficaram bem próximos, 13,7 e 11,5 km/l, respectivamente. Surpreendentemente, em algumas situações o carro a álcool gastou menos que o movido a gasolina, caso da prova de velocidade constante de 40 km/h. A versão a álcool destacou-se pelo bom torque em baixas rotações. Essa característica foi desenvolvida a partir de uma pesquisa da Ford que revelou que 82% dos motoristas não gostavam de "esticar" as marchas, faziam mudanças num regime inferior a 3500 rpm. Assim como a primeira geração, a segunda também foi longeva e pouco mudou ao longo de sua existência. Os últimos Corcel foram fabricados em julho de 1986 e totalizaram a marca de 1,4 milhão de carros produzidos.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Peel 50 e Peel Trident - Os menores carros produzidos em série do mundo


O Peel P50 é um micro-carro considerado o menor modelo do mundo, fabricado em 1962 pela Manx Peel Engineering Company. Uma fábrica que trabalha com fibra de vidro, produzindo barcos, motos e carros. Dentre os veículos produzidos por ela estão o Manxcar, o Peel P50 , o Trident (uma versão diferenciada com mesmo motor), o BMC BRP mini, o Viking Sport e o P1000.


O Peel 50 foi projetado como um carro para ser usado na cidade e seu slogan era: “one adult and a shopping bag” (um adulto e uma sacola de compras). Detém o recorde de menor veículo em linha de produção, com apenas 1340 mm (53″) de comprimento e 990 mm (39″) de largura, com um peso de apenas 59 kg (132 lb).

Só tem uma porta do lado esquerdo, um único limpador de pára-brisas e apenas um farol. O P50 usou um motor de 49 cc DKW que deu a velocidade máxima de cerca de 61 km/h (38 mph) e foi equipado com uma transmissão manual três marchas. Seu impressionante consumo é de 2,8 litros a cada 100km (35,7 km/l ). Incrível onde ele estaciona o veículo quando chega à BBC e como se usa a marcha-ré. Apesar do pequeno tamanho o Peel P50-rua é legalizado para rodar no Reino Unido.


Futuramente foi lançado também o modelo Peel Trident, que tinha um tamanho um pouco maior e com um teto de vidro em forma de bolha, e conseguir carregar até 2 pessoas.


O Peel Trident foi o segundo micro carro feito pela empresa, produzido em 1964: Este novo modelo tem dois assentos ou a opção de um assento e um cesto de desmontáveis, em vez de o único lugar do anterior Peel P50, embora ele mantivesse um design de três rodas.




O carro também tinha uma clara bolha topo. Ele foi descrito como “disco voador terrestre”. O Trident tem 1830 mm (72″) de cumprimento e 1070 mm (42″) de largura, com um peso de 90 kg (198 lb). Também utiliza um motor de 49cc DKW, mas tem uma maior velocidade final: 75 km/h (46 mph). Foi anunciado que o Trident faz até 40 km/l, “quase mais barato do que a pé”. 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Um clássico: Chevy Impala ’67

Para os fãs do seriado de sucesso norte-americano Supernatural (Sobrenatural), seguem imagens do carro que Dean e Sam Winchester abusam e usam sem dó desde a primeira temporada quando seu pai, John Winchester, saiu à procura do demônio que matou a mãe de seus filhos: o famoso Chevy Impala ’67. Esse é sem dúvida, um dos carros mais desejados para quem é fã de carteirinha do seriado de suspense. Além do mais, o Chevy Impala foi considerado um dos carros mais vendidos na sua época e até hoje é comercializado por altos preços, já que é um ícone para colecionadores e apreciadores de beleza automobilística. Segue agora algumas fotos desse belíssimo carro, inclusive o utilizado na série.




sábado, 1 de junho de 2013

Histórias do Fusca: mais uma postagem que fala um pouco mais da linda história do VW Fusca, o carro mais famoso e amado de todos os tempos

Década de 40...

Término da segunda guerra mundial, a fábrica que estava sendo construída em Hanover, estava quase que inteiramente destruída.  Seus projetistas, ninguém sabia por onde andavam, e de suas versões militares ninguém mais precisara, por pouco não foi o fim do Volkswagen. Até um major inglês redescobrir o Volkswagen. Ivan Hirst resolveu "adotar" o velho Volkswagen, entre os escombros da antiga fábrica, a versão original do VW passou a ser reaproveitada. 


Retomada sua fabricação, o Volkswagen passou a serem utilizados em serviços de primeira necessidade, escassos naquela época, como correio, atendimento médico, etc. Em 1946, portanto um ano depois, já existiam 10 mil Volkswagens sedans em circulação.  Em 1948 existiam 25 mil, sendo 4.400 para exportação. Em 1949 o Fusca já teria seu próprio mercado nos EUA.



Basicamente o fusca até então era um projeto que havia dado certo, até meados de 1956, quase nada havia mecanicamente mudado de seu projeto original. Independente de seu projeto mecânico, a aparência do Fusca haveria mudado bastante.